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Reprodução/Facebook Ol Pejeta
Veterinários afirmaram que rinoceronte-branco Sudan estava ecebendo cuidados diários, mas que não apresentou melhora

O último rinoceronte-branco do norte macho do mundo foi sacrificado na última segunda-feira (19). De acordo com a equipe veterinária da reserva Ol Pejeta, onde Sudan vivia desde 2009, no Quênia, a doença contraída por ele havia avançado, fazendo com que o animal já não mais se levantasse.

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Por meio de um comunicado divulgado nesta terça-feira na página do Facebook da reserva, os veterinários contaram sobre os últimos momentos do rinoceronte-branco , que morreu aos 45 anos, agora restando apenas duas fêmeas da mesma espécie.

Eles relatam terem trabalhado em conjunto com especialistas do zoológico tcheco Dvur Kralove e com o Serviço de Conservação da Fauna queniana (KWS) para amenizar os efeitos da doença degenerativa que Sudan desenvolveu no ano passado, mas os esforços não foram o suficiente.  “Seu quadro piorou significativamente nas últimas 24 horas. Ele não conseguia se levantar e estava passando muito mal”, disseram.

A doença e extinção da espécie

Depois de se recuperar de uma infecção na pata direita no final do ano passado, o rinoceronte voltou a sentir os mesmos sintomas em fevereiro de 2018, tendo uma recaída considerada “grave e mais profunda” pelos profissionais.

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Com isso, a Ol Pejeta passou a tentar reverter o diagnóstico recente, com uma série de cuidados diários a fim de cultivar e perpetuar a espécie, ameaçada de extinção devido a um longo histórico de perseguição por caça furtiva.

A reserva informou ao jornal Metro que antes das complicações na perna combinadas à idade avançada causarem a morte do animal, foi possível extrair seu “material genético”, o que pode auxiliar processos futuros e projetos já encaminhados, como a reprodução in-vitro e outras técnicas genéticas avançadas.

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“Estamos todos tristes com a morte do Sudan. Ele foi um grande representante de sua espécie e será lembrado por aumentar a consciência global no que se diz respeito à situação que enfrenta não só o rinoceronte-branco do norte, como também milhares de outras espécies. Os animais não devem pagar o preço por uma atividade humana insustentável" concluiu o representante da Ol Pejeta, Richard Vigne.

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