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Por mais que a espécie do "monstro" já fosse conhecida e identificada, os novos fósseis revelaram informações inéditas


Fósseis do “monstro marinho” Kerygmachela kierkegaardi , que viveu há cerca de 520 milhões de anos, foram encontrados congelados na Groenlândia. Segundo o Daily Mail , a pesquisa descobriu os cérebros e sistemas nervosos de 15 indivíduos, pertencentes a uma das espécies ancestrais de aracnídeos e insetos.

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Segundo os responsáveis pelo estudo – o paleontologista Jakob Vinther e sua equipe, da Universidade de Bristol, no Reino Unido –, as análises do cérebro do “ monstro ”, um predador marinho, mudam a forma como pensamos a evolução do nosso próprio cérebro. “Você pode chamá-los de ‘elo perdido’ por conter características que existem em animais atuais, mas que não eram encontradas em fósseis mais antigos”, explicou Vinther.  

O cientista ainda relatou que toda a equipe ficou muito feliz por encontrar os fósseis e ainda mais surpresa e animada quando conseguiu limpar o material. Nesse momento, os pesquisadores perceberam como o tecido cerebral estava preservado e decidiram voltar ao local da descoberta para procurar outros esqueletos.

Acredita-se que tais animais tinham dois grandes apêndices na cabeça, uma cauda fina para caçar alimento e 11 nadadeiras, além de um comprimento aproximado de 25 centímetros e um cérebro muito diferente do que se imaginava antes da mais recente pesquisa.

Seus cérebros tinham apenas um segmento – enquanto o órgão humano é dividido em três –, o que significa que eles eram simples e podem ter sido um fator chave para a sobrevivência da espécie durante a Explosão Cambriana, um evento que, diferente do que seu nome sugere, não envolveu detonações.

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Explosão Cambriana

O fenômeno da explosão cambriana foi um período, cerca de 541 milhões de anos atrás, durante o qual uma enorme variedade de animais surgiu. Antes disso, a maior parte dos organismos era simples, composta de células individuais e organizada em colônias. Tudo mudou nos 80 milhões de anos seguintes, quando a diversidade de formas de vida apareceu e configurou um quadro semelhante ao existente hoje em dia.

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Os cientistas acreditam que um grande "pico de oxigênio" foi o responsável pelo desenvolvimento de várias espécies , um evento que terminou 488 milhões de anos atrás, com o fenômeno da extinção do Cambriano Ordoviciano, a qual o "monstro marinho" sobreviveu. A primeira grande extinção em massa conhecida, ela pode ter acontecido por dois motivos: queda brusca de oxigênio nos oceanos ou um período de glaciação na Terra.

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