Biólogos temem que as medidas adotadas para evitar a extinção dos rinocerontes-brancos do norte estejam perto do fim. De acordo com o parque Ol Pejeta, localizado no Quênia, o último rinoceronte-branco macho do mundo está doente. Com 45 anos, Sudan foi diagnosticado com uma segunda infecção na pata direita, após ter passado por tratamentos para combater o mesmo problema no final do ano passado.
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A equipe do local onde o rinoceronte-branco vive desde 2009 informou que, apesar dos tratamentos veterinários oferecidos, Sudan não tem apresentado melhora. “A primeira infecção foi curada com sucesso. Porém, essa secundária não tem respondido ao tratamento com a mesma eficácia. Estamos muito preocupados devido à idade avançada, mas continuamos cuidando dele para recuperar sua saúde. Não queremos que Sudan sofra”, expuseram em um comunicado.
Projetos de emergência
Batizado com o nome de seu local de nascença, o rinoceronte foi capturado no Sudão do Sul em 1973, quando ainda era filhote. Enviado para o zoológico tcheco Dvůr Králové, foi transferido para o Ol Pejeta, onde vive com as fêmeas Najin e Fatu, que também são protegidas de caçadores que rondam a região.
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Com os três animais, veterinários esperavam que a espécie pudesse se reproduzir, entretanto, Najin está muito velha e desenvolveu um problema na pata, que a impede de suportar o peso do macho, enquanto Fatu tem uma doença na uretra que eliminou suas chances de engravidar.
Atualmente, as expectativas para salvar a espécie da extinção estão voltadas para um projeto de reprodução in-vitro, em que serão utilizados óvulos de ambas as fêmeas e o esperma de Sudan. Por meio do procedimento, pesquisadores esperam gerar embriões e depositá-los em fêmeas de rinocerontes-brancos do sul.
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Informações do jornal Metro evidenciam que, assim como o rinoceronte-branco do norte, os 20 mil rinocerontes do sul da África também estão vulneráveis à caça furtiva para a retirada dos chifres, que são vendidos em mercados ilegais, principalmente na China e no Vietnã. A fim de protegê-los, biólogos e ativistas têm retomado operações de resgate iniciadas em 1950, com auxílio de campanhas para arrecadação de recursos. Equipe do Ol Pejeta alega que o objetivo é levantar R$ 29 milhões para mantimento dos projetos ambientais.