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Reprodução/Olivia Norfolk
Pesquisadora afirma que 'abelhas alienígenas' podem causar desequilíbrio na natureza devido restrição de interações

A presença de ‘abelhas alienígenas’ pode estar matando diferentes espécies de plantas, levando-as a extinção no Egito. A pesquisa elaborada pela Universidade de Nottingham mostrou que essas abelhas, não originárias de regiões do país egípcio, estão interrompendo o desenvolvimento das flores, uma vez que afastam os insetos nativos, responsáveis pela interação que as mantém vivas e saudáveis. 

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De acordo com a pesquisadora Olivia Norfolk, as abelhas nativas não são capazes de competir com as ‘ abelhas alienígenas ’, o que pode causar danos ao meio ambiente, já que elas não têm os hábitos e os cuidados necessários para o mantimento dessas plantas.

“Analisamos as interações com plantas nas regiões montanhosas e notamos o acesso restrito que abelhas locais estão enfrentando. Elas não conseguem visitar nem 55% das espécies, o que tem causado níveis de sobreposição de recursos”, afirmou ao Daily Mail .

Os estudiosos explicam que tal impedimento é perigoso, uma vez que o ambiente árido apresenta uma escassez de recursos, principalmente em períodos de seca. “A competição entre ambas pode causar um desiquilíbrio na natureza. Se as abelhas nativas morrem, as plantas regionais consequentemente não têm chances de sobreviver”.

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Competição injusta e habitat forçado

Os efeitos da competição floral, onde as abelhas podem lutar com polinizadores mais fortes, ocasionarão uma queda na visitação de espécies locais, diminuindo, assim, a eficácia de sua reprodução.

“É essencial entender que muitas plantas não dependem somente da interação com as abelhas da região, mas que, por serem locais, conhecem melhor as ‘artimanhas’ para manter determinados tipos”, expôs a especialista.

Para Nortfolk, as abelhas alienígenas são muitas vezes trazidas para comunidades que não pertencem por conta de uma estratégia social, onde suas colmeias são introduzidas por instituições de caridade e ONGs que desejam complementar a alimentação e o mercado de trabalho de regiões rurais.

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"Acreditamos que a introdução das ‘abelhas alienígenas’ não compense os danos causados ao meio ambiente. Qualquer benefício econômico associado à produção de mel deve ser equilibrado contra os impactos negativos para a vida selvagem local, como a potencial extinção de espécies de plantas endêmicas que precisam ser conservadas", concluiu.

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