O pescador Alexey Volkov, de 25 anos, ficou muito intrigado ao fisgar dois peixes de aparência incomum na última primavera. Com sete e 12 quilogramas, os animais da espécie pique tinham chifres e logo foram apelidados de “dragões” pelo profissional, que encontrou as criaturas no rio Irtysh, na região da Sibéria, na Rússia.
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De acordo com o jornal The Siberian Times , os “ dragões ” só foram descobertos recentemente, após Volkov consumir suas carnes e guardar apenas as cabeças em sua garagem. “Eu fiquei impressionado com o que consegui pegar”, disse ao veículo. “Eles tinham chifres inclinados na direção de suas caudas, o pequeno tinha quatro chifres, e o maior, dois”, lembra.
Os moradores da região de Tara logo procuraram explicações para as supostas mutações que originaram os chifres e sugeriram que a poluição deixada por foguetes na região pode ser uma possível causa. Há muitos anos a população se preocupa com o impacto ambiental dos foguetes, já que a base de lançamento do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, precisa descartar as partes remanescentes dos objetos.
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Opinião de especialistas
Para Arkady Balushkin, chefe do laboratório de Ictiologia do Russian Academy of Sciences Zoological Institute , existem poucas evidências que confirmem a hipótese da poluição. "Qualquer mudança que aconteça sob a influência de substâncias químicas ou radiação não leva a novas formações deste tipo", explicou.
"Um pique continuaria sendo um pique, por mais que pudesse desenvolver um tumor ou um edema, doenças comuns a esta espécie", continuou. "Mas ele não deveria desenvolver nenhum chifre. Para confirmar que era realmente um pique com chifres, eu teria que ver o animal com meus próprios olhos", diz.
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Por outro lado, por mais que alguns estudos já tenham analisado o surgimento de chifres nestes animais como uma forma de doença da pele – o que já teria acontecido seis vezes na América do Norte –, a explicação para os "dragões" encontrados pelo pescador ainda não foi definida.