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Divulgação/Instituto Argonauta
Golfinho encontrado no litoral norte de São Paulo pode ter convivido com tira de chinelo presa por longo período

Um golfinho foi encontrado morto com uma tira de chinelo presa ao seu focinho em uma praia de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Uma necrópsia realizada no animal pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos do Instituto Argonauta constatou que o mamífero morreu em decorrência de uma infecção provocada pelo objeto preso ao seu corpo.

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Segundo os responsáveis pelos exames no animal, a equipe do PMP-BS foi acionada após o golfinho ser encontrado na praia do Sapê nesta quarta-feira (21). Foi constatado no laudo da necrópsia que o chinelo permaneceu preso ao focinho do animal por um longo período, levando-o à inanição e a uma grave infecção.

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Divulgação/Instituto Argonauta
Golfinho teve inanição e infecção

“A cena é triste. Tudo indica que o animal passou meses com esse pedaço de chinelo enroscado ao corpo”, relatou Carla Beatriz Barbosa, coordenadora do PMP-BS no Instituto Argonauta .

Em suas redes sociais, o instituto alerta para a importância da conservação do ambiente marinho, já que a poluição está entre as principais causas de mortalidade da fauna, perdendo apenas para a pesca predatória, que provoca a morde acidental de milhares de espécies morrem que acabam presas nas redes.

“Casos ruins como este são chocantes, mas precisamos e devemos divulgar para que as pessoas saibam que até um simples chinelo esquecido na beira do mar pode levar à morte um animal marinho ameaçado de extinção”, explicou o oceanógrafo e presidente do Instituto Argonauta, Hugo Gallo.

Leão marinho

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Divulgação/PMP-BS
Leão marinho foi encontrado em Balneário Camboriú, em SC, na segunda-feira e segue sob observação

Já em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, outro mamífero localizado pelas equipes do  PMP-BS teve sorte diferente do golfinho de Ubatuba.

Um leão marinho foi encontrado na segunda-feira (19) na praia de Laranjeiras está sob monitoramento de veterinários, que atestaram boas condições de saúde do animal, que não apresenta ferimentos.

Segundo a veterinária Adriane Steuernagel, o bicho está um pouco magro, mas apresenta uma respiração constante e demonstra um estado de saúde preservado. A equipe do projeto deve seguir monitorando o animal até que ele retorne ao mar. Caso apresente algum sinal de doença nas próximas horas os veterinários estarão preparados para aplicar medicação e prestar todo atendimento necessário.

O PMP-BS, responsável pelo atendimento às ocorrências com o golfinho e o leão marinho, é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural no Pólo Pré-Sal da Bacia de Santos. O projeto é conduzido pelo Ibama e coordenado pela Univali sob a responsabilidade do Instituto Argonauta no litoral norte do estado de SP.

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