Dizem que dois é bom e três é demais, mas para as aranhas-lobo, quanto mais, melhor! De acordo com o professor de biologia e ecologia, Matthew Persons, o aracnídeo não só faz sexo a três como a farra pode durar até quatro horas.
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Persons foi o primeiro a observar o fenômeno. Quando viu as três aranhas se enroscando em seu quintal, decidiu movê-las para dentro de casa a fim de entender melhor o que estava acontecendo. Ele documentou fotograficamente toda a duração do coito a 24 patas.
“Como elas estavam no jardim, as tirei de lá e levei para minha mesa de jantar para observar. Fotografei todas as posições pelas próximas quatro horas”, contou Persons ao “Live Science”. O ‘ménage à trois’ envolveu uma fêmea e dois machos e foi demorado porque o segundo macho espera o primeiro seduzir a parceira para se juntar.
Mas a brincadeira só é possível porque a fêmea tem um par de órgãos reprodutivos, permitindo duas penetrações simultâneas. O sexo a três dura muito mais que o processo comum de acasalamento, que leva entre 25 minutos e uma hora.
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Quando não ficam satisfeitas com o ato, as fêmeas normalmente matam e comem o parceiro. “Quanto mais longa a duração do coito, maiores as chances do macho ser comido no final”, afirma Persons.
Justamente por causa das tendências agressivas da fêmea, o sexo a três é uma vantagem evolutiva para os machos. Como entra no meio do ato, a terceira aranha não gasta energia cortejando a fêmea e tem menos chances de se tornar uma vítima porque tem menos chances de não agradar.
Além disso, machos brigam entre si pela atenção da parceira, mas quando o sexo já está acontecendo, não há brutalidade entre eles. Entretanto, o ménage pode não ser a melhor forma de procriar.
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“Em minha observação, machos demostraram disputar espaço, penetrações erradas, tentativas de penetrar o outro macho e de atrapalhar a penetração do outro macho durante a inseminação”, disse o professor.
Ele notou também que, durante o sexo, um dos machos perdeu uma pata, mas não soube dizer qual das aranhas foi responsável por isso. Suas descobertas serão publicadas na próxima edição do Journal o Arachnology .