Dois satélites da missão Proba-3 , da ESA ( Agência Espacial Europeia ), foram arremessados ao espaço em 5 de dezembro, utilizando o foguete PSLV-XL. O lançamento ocorreu no Centro Espacial Satish Dhawan, na Índia. A missão tem como objetivo criar eclipses solares artificiais em órbita para estudar a coroa solar e a atmosfera do Sol.
Os satélites gêmeos são projetados para operar com precisão extrema, mantendo uma formação com margem de erro de apenas 1 milímetro. Eles seguirão uma órbita altamente elíptica, alcançando até 60.500 km da Terra.
Inicialmente conectados, os satélites serão supervisionados pelo ESEC (Centro Europeu de Operações Espaciais), na Bélgica, e devem se separar no início de 2025 para realizar operações individuais.
A missão busca demonstrar avanços em tecnologias europeias para operações autônomas e manobras precisas no espaço, além de fornecer resultados científicos inéditos sobre o clima espacial.
A coroa solar, maior em extensão que o próprio Sol, é um elemento importante do Sistema Solar, influenciando o vento solar e o clima espacial.
Durante a fase operacional, prevista para começar em cerca de quatro meses, os satélites criarão eclipses solares artificiais com duração de até seis horas. Para isso, o satélite Ocultador lançará uma sombra precisa sobre o Coronógrafo, permitindo observações detalhadas da coroa solar.
Essa formação ativa será mantida a uma distância equivalente a cerca de um campo e meio de futebol entre os dois satélites.
Colaboração internacional
A colaboração internacional inclui 14 Estados-membros da ESA, além do Canadá, com cientistas como Andrei Zhukov, do Observatório Real da Bélgica, contribuindo para a pesquisa.
A missão permitirá o estudo de ejeções de massa coronal e a aceleração do vento solar, ampliando o conhecimento sobre o clima espacial e seus efeitos na Terra.