O eclipse será visto como anular em uma estreita faixa que passa pelo Oceano Pacífico, Oceano Atlântico e no extremo sul da América do Sul, incluindo Chile e Argentina.
Jongsun Lee / Unsplash
O eclipse será visto como anular em uma estreita faixa que passa pelo Oceano Pacífico, Oceano Atlântico e no extremo sul da América do Sul, incluindo Chile e Argentina.

Os moradores da região sul do Brasil poderão acompanhar o eclipse anular do sol nesta quarta-feira (2). O fenômeno também poderá ser visto em partes das regiões Sudeste e Centro-oeste.

O eclipse anular do sol ocorre quando a Lua se alinha entre a Terra e o Sol. A sombra do satélite natural cobre parcialmente a luz da estrela, mesmo estando muito mais próximo da Terra, o que faz aparecer o chamado "anel de fogo" no céu.
O evento astronômico será visto como anular apenas em uma estreita faixa que passa pelo Oceano Pacífico, Oceano Atlântico e no extremo sul da América do Sul, incluindo Chile e Argentina.

Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON), disse que “quanto mais ao sul maior será a área eclipsada”, diz.

Como acontece o eclipse

O eclipse total e o anular acontecem quando a lua se alinha entre a Terra e o sol, bloqueando de forma total ou parcial a luz do sol em uma parte da superfície do planeta.

A sombra mais escura – onde toda a luz solar é bloqueada – é chamada umbra e a sombra mais clara tem o nome de penumbra – onde a luz solar é parcialmente bloqueada e o eclipse é visto como parcial.

“Esse tipo de eclipse ocorre quando a Lua está em seu apogeu, o ponto mais distante de sua órbita da Terra, ou próxima deste ponto, fazendo com que pareça menor do que o Sol no céu. A frequência com que os eclipses do Sol ocorrem é em média 2 vezes por ano, podendo ser somente parciais, anulares ou totais. O último eclipse anular do Sol ocorreu em 14 de outubro de 2023 e foi visto em uma parte do Brasil”, esclareceu Josina.

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Em outubro de 2023, o Observatório Nacional coordenou uma grande ação com profissionais de vários países para observação e transmissão do evento astronômico. A transmissão do Eclipse Anular do Sol pelo ON superou 2,2 milhões de visualizações na internet. Além disso, a NASA e o Time and Date retransmitiram as imagens brasileiras.

Segundo Josina, eclipses da Lua e do Sol costumam ocorrer em sequência Isso acontece por causa da inclinação da órbita da Lua em relação à Terra. No caso do eclipse anular desta quarta-feira, ele faz par com o eclipse parcial da Lua ocorrido na noite de 17 para 18 de setembro.

Como ver o eclipse

Os interessados em observar o eclipse precisam estar em um local com vista desimpedida para o oeste, uma vez que o evento ocorrerá próximo ao pôr do sol.
No Rio de Janeiro, por exemplo, o eclipse parcial começará às 17h01, atingirá seu máximo às 17h42, e o Sol se porá às 17h52. Josina explica que a observação do fenômeno requer alguns cuidados necessários. “Em hipótese alguma olhe diretamente para o Sol sem proteção adequada. Óculos escuros, chapas de raio-x ou outros filtros caseiros não protegem contra os danos. É essencial utilizar filtros certificados, como os óculos especiais para observação solar ou vidros de soldador 14”, avaliou.

Transmissão ao vivo

O Observatório Nacional fará transmissão ao vivo do eclipse anular no YouTube , em parceria com astrônomos do Projeto Céu em sua Casa: observação remota e com o Time And Date, organização internacional que fornece serviços relacionados ao tempo, clima, fenômenos astronômicos e fusos horários.

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