Cientistas conseguiram recriar digitalmente o rosto de uma múmia egípcia de 1.500 anos, conhecida como "dama dourada", utilizando tecnologia avançada de tomografia computadorizada e técnicas de reconstrução facial forense.
A múmia pertenceu a uma mulher que viveu no Egito durante a ocupação romana e morreu aos 40 anos. Seu apelido, "dama dourada", deriva do adorno dourado na cabeça.
Para mapear o corpo da múmia, a equipe utilizou tomografia computadorizada, uma técnica que permite produzir imagens detalhadas do interior do corpo. A reconstrução facial foi baseada em medições de crânios e tecidos moles de pessoas vivas, adaptando essas medições para criar um rosto virtual.
O rosto recriado é descrito como delicado e jovem, com cabelo curto e encaracolado, além de uma leve sobremordida. Como a cor da pele não pôde ser determinada com precisão, os cientistas criaram versões coloridas e em escala de cinza.
A múmia estava bem preservada, permitindo uma recriação detalhada. O método de sepultamento sugere que a dama dourada pertencia à classe média.
A recriação foi liderada por Cicero Moraes, um designer gráfico brasileiro, em colaboração com uma equipe internacional de cientistas. A múmia está abrigada no Museu Field de Chicago e foi inicialmente examinada em 2011.
A utilização de tomografia computadorizada e técnicas de reconstrução facial demonstra o avanço da tecnologia na arqueologia e na ciência.
Embora a recriação seja baseada em dados disponíveis, ainda há margem para interpretações, especialmente em relação a características como a cor da pele.
A preservação e o estudo de múmias fornecem informações valiosas sobre a vida, cultura e práticas funerárias de civilizações antigas, segundo a opinião de especialistas e historiadores.
Veja as imagens:
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