Para as irmãs Isabella e Beatriz Toassa, de 11 e 12 anos, respectivamente, o céu é o limite. Literalmente. Nesta semana, elas receberam a empolgante notícia de que foram aceitas na Academia Brasileira de Jovens Cientistas (ABJC). Agora, elas têm orgulho em anunciar que são as cientistas mais jovens do país .
Bella e Bia, ou a Dupla Big Bang , como são conhecidas, são apaixonadas por ciência , astronomia e tecnologia e fazem um trabalho importante para divulgar o conhecimento científico. Além do perfil no Instagram e do canal no YouTube , elas também têm um projeto social e levam conteúdo a alunos de escolas públicas periféricas em São Paulo, onde moram. Nas escolas, as irmãs ministram palestras e fazem experimentos. O objetivo é mostrar que a ciência é, acima de tudo, divertida.
Nas redes sociais, a dupla não só compartilha fatos curiosos sobre ciência, astronomia e tecnologia, como ensina a fazer experimentos impressionantes — dignos do famoso aviso "Crianças, não façam isso em casa". No Instagram, plataforma na qual são mais conhecidas, Bia e Bella contam com quase 15 mil seguidores.
Entre os experimentos mais divertidos que as irmãs já fizeram, elas destacam o pasta de elefante. O resultado é tão curioso quanto o nome. Em um mesmo tubo de ensaio, a dupla despeja quatro ingredientes: água oxigenada, detergente, corante alimentício e iodeto de potássio, uma espécie de sal. Ao final, obtém-se uma substância espumosa em grande quantidade, que se espalha pela mesa e deixa todos de queixo caído. Veja abaixo:
Segundo Isabella, a ideia de divulgar conteúdo nas redes sociais surgiu a partir de um sonho que ela e a irmã tinham em comum: conhecer o Centro Espacial John F. Kennedy, da Nasa, a agência espacial americana. O local, situado na Flórida, é onde ocorrem a maior parte dos lançamentos de veículos espaciais da Nasa.
O sonho parecia distante, mas não impossível. Por isso, a mãe, Stefanie Toassa, incentivou as filhas a divulgar o trabalho científico que faziam. A esperança era de que elas crescessem cada vez mais dentro desse meio e, eventualmente, tivessem essa oportunidade.
Certo dia, em uma feira de ciências, Bella e Bia conheceram Gabe, um engenheiro da Nasa que fez o tão esperado convite e tornou aquele sonho realidade. Faz cerca de duas semanas que elas chegaram ao Brasil dos Estados Unidos, mas ainda estão em êxtase.
"Nós conhecemos os foguetes da Nasa, assistimos a várias apresentações e chegamos até a visitar a parte administrativa da agência", afirma Isabella. "Foi um passeio inesquecível. Era o nosso sonho."
Cientistas mais jovens do país
Nesta semana, Bella e Bia foram nomeadas oficialmente as jovens cientistas mais novas do Brasil. Stefanie conta que um dos diretores da Academia Brasileira de Jovens Cientistas (ABJC) entrou em contato com ela.
A princípio, o diretor convidou as irmãs para participar de um desafio, em que alunos do Ensino Fundamental recebem a missão de pensar em tecnologias inovadoras na área da saúde. Depois, surgiu o convite de participar da Academia e ajudar em pesquisas científicas pela USP (Universidade de São Paulo) e UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas). Todos os membros da ABJC votaram favoráveis à decisão e, na segunda-feira (7), elas receberam o certificado.
"Eu morro de orgulho, sou a mãe mais coruja de todas", diz Stefanie. "Eu sempre falo que não tenho certeza de que elas seguirão esse caminho, mas tenho certeza de que elas estão no caminho certo. Eu e o pai delas mudamos a nossa realidade por meio do estudo e foi isso que tentamos passar a elas."
Em um futuro — ainda não tão próximo —, Isabella conta que quer estudar engenharia ou arquitetura. Já Beatriz pensa em ser médica.
Entre no canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o perfil geral do Portal iG .