Arqueólogos afirmam ter encontrado o que acreditam ser pedaços do famoso Cavalo de Troia. De acordo com um relatório do "newsit.gr", os especialistas que escavavam o local da histórica cidade de Troia, nas colinas de Hisarlik (Turquia), desenterraram uma grande estrutura de madeira. Historiadores e arqueólogos acham que o que descobriram são restos do lendário Cavalo de Troia. Os trabalhos são liderados pelos arqueólogos Christine Morris e Chris Wilson, da Universidade de Boston (EUA).
De acordo com a narrativa, o Cavalo de Troia foi tomado pelos troianos como um símbolo da sua vitória no combate, e foi carregado para dentro das muralhas, sem que eles soubessem que em seu interior se ocultava o inimigo. À noite, guerreiros inimigos saíram do cavalo, dominaram as sentinelas e possibilitaram a entrada do exército grego, levando a cidade à ruína.
As escavações trouxeram à luz dezenas de pranchas e vigas de abeto de até 15 metros de comprimento. Os remanescentes foram reunidos de uma forma estranha, o que levou os especialistas a suspeitarem que pertenciam ao Cavalo de Troia, que, segundo se crê, estaria recheado de soldados. A estrutura de madeira ficava dentro das muralhas da antiga cidade de Troia. Imagens do achado ainda não foram disponibilizadas.
O Cavalo de Troia é considerado por muitos como uma estrutura mítica. O cavalo é comumente associado aos poemas épicos de Homero, "Ilíada" e "Odisseia". As obras clássicas contam a história da Guerra de Troia e da longa jornada de Odisseu de volta a Ítaca, mas, curiosamente, elas não apresentam o icônico cavalo de madeira. Na verdade, a "Ilíada" fecha logo antes do fim da guerra.
A história do Cavalo de Troia chega bem no fim da guerra, pois é usada como estratégia para tomar Troia e vencê-la completamente. A história do cavalo de madeira é apresentada com mais destaque na "Eneida", de Virgílio, um texto latino da época do governo de Augusto em Roma. Os historiadores sugerem que o escritor antigo estava usando a imagem do cavalo como uma analogia para uma máquina de guerra, ou até mesmo um desastre natural.
A estrutura encontrada se encaixa na descrição de Virgílio, Augusto e Quintus Esmirna. Portanto, os arqueólogos começaram a considerar que a descoberta representa de fato os restos do subterfúgio que os gregos usaram para conquistar a antiga Troia.
Outra descoberta que apoia as afirmações dos arqueólogos é uma placa de bronze danificada com a inscrição "No retorno para casa, os gregos dedicaram esta oferenda a Atenas". Quintus Esmirna se refere à placa particular em seu poema épico "Posthomerica". A placa também foi encontrada no local.