Um animal microscópico conhecido como rotífero acordou após hibernar os últimos 24 mil anos em congelamento. O espécime pertence a um filo de criaturas aquáticas e microscópicas e foi encontrado em na Sibéria. Estudos que acompanharam o comportamento do rotífero foram publicados nesta segunda-feira (7) pela revista Current Biology .
"Nossa conclusão é a prova mais decisiva, a partir de hoje, de que animais multicelulares poderiam suportar dezenas de milhares de anos em criptobiose, o estado do metabolismo quase completamente preso", disse Stas Malavin, biólogo e coautor do estudo, em nota à imprensa.
Os cientistas conseguiram reviver o animal em laboratório e ainda produziram várias culturas rotíferas secundárias a partir do mesmo indivíduo. A espécie se reproduz assexualmente, segundo as informações, em um processo conhecido com partogênese. De acordo com os pesquisadores, este é o caso mais longo relatado de sobrevivência de rotífero em estado de congelamento.
Segundo a análise genética, o animal pertence ao gênero Adineta e foi comparado com amostras vivas vindas da Bélgica.
Descobertas como este, na teoria, podem apontar uma possível criogenia humana , ou seja, congelar um corpo humano para tentar revivê-lo depois. Embora a ciência ainda esteja longe de conseguir adotar a prática, o caso deu certa "esperança" aos pesquisadores nesse campo de estudo.