Projeto Sirius revela primeiras imagens obtidas em microtomografia de raios-x Por iG Último Segundo - com informações da assessoria de comunicação do CNPEM | 20/12/2019 11:09:33 - Atualizada às 20/12/2019 11:15:33 Home iG › Último Segundo › Ciência Laboratório brasileiro realizou testes com feixes de luz síncrotron de quarta geração e obteve imagens de coração de camundongo e de rocha carbonática Foto: Divulgação/CNPEM Microtomografias de rocha carbonática (semelhante às do pré-sal) ecoração de camundongo Um grande marco para o projeto e uma vitória para a ciência e tecnologia do Brasil. Assim pode ser descrita a conquista alcançada pelos pesquisadores da equipe do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) nesta quinta-feira (19), quando as primeiras análises com raios-x geradas pelo Sirius, o novo acelerador de elétrons do país, foram obtidas. Leia também: Laboratório do Brasil pode ser solução para fim da fome e cura de doenças graves Segundo os pesquisadores, este primeiro teste, realizado a uma potência 13 mil vezes menor do que a projetada para a máquina, possibilitou a observação da chegada da luz síncrotron pela primeira vez em uma das futuras estações experimentais do Sirius e capturar imagens do coração de um camundongo e de uma rocha carbonática. “Essas primeiras microtomografias de rochas demonstram a funcionalidade dessa grande máquina, projetada e construída por brasileiros para colocar nossa ciência em um novo patamar. Esses primeiros testes que permitiram gerar imagens de raios-X nos dão a certeza de que o futuro será muito brilhante”, afirmou Antonio José Roque da Silva, Diretor-Geral do CNPEM e do Projeto Sirius. Estas primeiras imagens têm a finalidade de avaliar uma série de sistemas do Sirius e guiar ajustes necessários para que a luz síncrotron atinja a qualidade exigida para a realização de experimentos científicos, muitos deles inéditos no mundo e principal objetivo do projeto . “Estamos trabalhando em condições de testes e, mesmo assim, os raios X de alta energia produzidos pelo Sirius impressionam. Além de aumentarmos a qualidade da imagem, vamos conseguir analisar amostras de maior tamanho. Esse é um ponto importante, quando planejamos investigar rochas do pré-sal, por exemplo”, explica Nathaly Archilha, pesquisadora que lidera as primeiras análises. Foto: Divulgação/CNPEM Laboratório fica localizado na cidade de Campinas, interior de São Paulo Segundo o CNPEM , a equipe do Sirius tem duas frentes principais de atuação no momento. Para produzir luz síncrotron ainda mais intensa, necessária para a realização dos primeiros experimentos científicos, o feixe de elétrons no anel de armazenamento deverá ser estabilizado e ter sua carga elevada. Leia também: Acelerador de partículas mais potente do mundo é inaugurado em Campinas Simultaneamente, estão sendo concluídas as primeiras estações de pesquisa, onde a comunidade científica poderá realizar, a partir de 2020, experimentos capazes de revelar detalhes dos mais variados materiais orgânicos e inorgânicos. Esses conhecimentos terão impactos profundos nas tecnologias usadas para a produção de alimentos, energia, medicamentos e de materiais mais eficientes e sustentáveis. Link deste artigo: https://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/2019-12-20/projeto-sirius-revela-primeira-imagens-obtidas-em-microtomografia-de-raios-x.html