Pela primeira vez em 14 anos, uma equipe mergulhou até o Titanic, navio que naufragou em 14 de abril de 1912.
As imagens da Atlantic Productions revelam como o Titanic está se degradando no fundo do mar do Atlântico Norte, próximo a Newfoundland, no Canadá, a 3.800 metros de profundidade.
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A equipe usou o submarino “Limiting Factor”, com capacidade para duas pessoas. Foram feitos cinco mergulhos com o submarino , ao longo de oito dias. Pela primeira vez, foram feitas imagens do naufrágio com a tecnologia 4K.
As imagens de alta resolução vão possibilitar a construção de modelos em 3D do Titanic e a possibilidade de visualizar o naufrágio usando tecnologias de realidade virtual e realidade aumentada.
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Segundo os cientistas que participaram da expedição, a corrosão causada pelo sal, somada a bactérias que se alimentam de metal e a ação das correntes são os fatores que causaram maior impacto no navio .
A equipe observou que uma das áreas de deterioração mais impressionantes é o setor dos alojamentos da equipe, onde ficavam as cabines do capitão. Nesse local, o casco entrou em colapso, derrubando junto os camarotes.
Segundo Lori Johnson, cientista que participou da expedição, o futuro do naufrágio é, naturalmente, se degradar cada vez mais. “A razão pela qual a deterioração acaba sendo mais rápida é a presença das bactérias, uma comunidade trabalhando simbioticamente para ‘comer’ o ferro e enxofre”, disse, em comunicado oficial.
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A expedição foi realizada no começo de agosto e foi liderada pelo explorador Victor Vescovo, pelo especialista em Titanic Parks Stephenson, por Rob McCallum, da EYOS Expeditions e por uma equipe da empresa Triton Submarines.
Vescovo, CEO da empresa de tecnologia submarina Caladan Oceanic e piloto do submarino, disse que ele não estava preparado para ver o tamanho do naufrágio “Foi extraordinário observá-lo”, afirmou.
A produtora Atlantic Productions, em Londres, Inglaterra, está preparando um documentário com as imagens capturadas na expedição ao Titanic .