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O Ahuna Mons em concepção artística: tipo de montanha nunca visto antes, segundo a Nasa
Dawn Mission/Nasa
O Ahuna Mons em concepção artística: tipo de montanha nunca visto antes, segundo a Nasa

Ahuna Mons, a enorme montanha que domina a paisagem de Ceres (planeta anão de 946 quilômetros de diâmetro entre Marte e Júpiter), teve sua estranha origem desvendada em um estudo internacional recente publicado na revista “Nature Geoscience”, revela o site NBC News. Segundo os pesquisadores, o pico se formou quando uma massa de lama salgada e rochosa do interior do astro rompeu a crosta gelada e congelou.

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Segundo os pesquisadores, Ceres é geologicamente ativo, com uma superfície pontilhada de crateras em parte formada por erupções de água líquida. O processo de erupção de substâncias voláteis como água, amoníaco ou metano por vulcões, denominado criovulcanismo, foi observado em vários corpos do Sistema Solar, a começar por Tritão, a maior lua de Netuno.

Com seu cume entre 4 mil e 5 mil metros de altitude, Ahuna Mons foi descoberta em 2015, em meio a imagens da superfície de Ceres feitas pela sonda Dawn, da Nasa. O tamanho do pico isolado e os contornos suaves, totalmente diferentes da aparência em geral esburacada do planeta anão, deixaram os cientistas intrigados.

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“Isso é algo que eu nunca vi antes na realidade ou em fotos”, afirmou Wladimir Neumann, cientista planetário do Instituto DLR de Pesquisa Planetária em Berlim-Adlershof e coautor do estudo. Para a Nasa, a “ montanha solitária” de Ceres é “algo que a humanidade nunca viu antes”.

Neumann e os outros membros de uma equipe internacional de pesquisadores liderada por Ottaviano Ruesch, da Agência Espacial Europeia (ESA), estudaram os dados gravitacionais de Ceres obtidos pela Dawn. Os cientistas descobriram uma grande concentração de massa abaixo de Ahuna Mons e, usando modelagem computacional, mostraram que a anomalia gravitacional estava associada a uma coluna de material subsuperficial, provável fonte do fluido salgado que formou a montanha.

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A presença de água em estado líquido em Ceres sugere que ela pode ser habitável. Mas para Antonio Genova, geofísico da Universidade de Roma La Sapienza e também coautor do estudo, embora Ceres possa ser “investigada pela possibilidade de habitabilidade”, a pesquisa não forneceu qualquer evidência de vida no planeta anão .

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