Agência estimou o preço de um novo pouso na lua entre R$ 80 bilhões e R$ 123 bilhões
Reprodução/Nasa
Agência estimou o preço de um novo pouso na lua entre R$ 80 bilhões e R$ 123 bilhões

A NASA, agência espacial norte-americana, segue trabalhando com seu projeto de enviar uma tripulação para a lua até 2024. Porém, a expectativa relacionada ao investimento necessário para realizar a viagem começa agora a se mostrar um pouco maior do que o imaginado.

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Em entrevista à CNN, Jim Bridenstine, diretor-administrativo da NASA , revelou que a agência estimou um custo entre R$ 80 bilhões e R$123 bilhões para conseguir enviar o Projeto Ártemis ao seu destino final. Isso representa um aumento de até R$ 24 bilhões ao ano no fundo da empresa, que já é estimado em cerca de R$ 80 bilhões anuais.

O objetivo principal do projeto, que terá a participação da primeira mulher a ser enviada para a lua em toda a história, é estabelecer um modo de vida 'sustentável' na superfície lunar, para que outras missões possam ser realizadas com maior facilidade e menores custos.

Além disso, como um objetivo a longo prazo, a agência pretende familiarizar mais astronautas com o ambiente espacial para que consiga realizar viagens com seres humanos até marte , o algo ainda inédito.

Valor abaixo do esperado

Apesar de parecer alto, o custo estimado até o momento pela agência é menor do que o imaginado anteriormente. Entretanto,  Bridenstine afirma que este valor pode aumentar, uma vez que é difícil prever como se dará uma viagem espacial.

"Este tipo de viagem pode ser perigoso e imprevisível. Então, é praticamente impossível definir um custo exato para as missões. Estamos negociado com Conselho Nacional Espacial, na tentativa de aumentar nossos fundos de investimento", afirmou Jim.

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"Quando isso estiver definido, levaremos os dados para os membros do Congresso para que eles possam avaliar e dar o suporte necessário para essa missão ", finalizou.

Problemas e atrasos

No último mês de março, o governo Trump afirmou que tentaria acelerar o desenvolvimento das tecnologias necessárias para a realização da viagem, mas o processo tem caminhado de forma lenta, com alguns atrasos e falta de dinheiro.

Além disso, membros do Congresso têm solicitado diversas informações sobre o projeto para autorizar a liberação do dinheiro. Inclusive, um dos pedidos é relacionado ao custo total da missão.

Os críticos afirmam que a NASA vêm gastando altas quantias em seu programa espacial nos últimos 15 anos e ainda não conseguiram repetir o feito da missão de 1972 e realizar outro pouso em solo lunar. Eles apontam também que a agência tem dividido os investimentos em outros programas, ao invés de focar na conclusão da missão lunar.

Investimento privado

Para evitar que o projeto sofra novos atrasos por falta de investimentos, a NASA já trabalha em parceria com algumas empresas privadas, como a Boeing e a Lockheed Martin, que já produzem algumas das partes das naves utilizadas nas missões.

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"Nós voltaremos a pisar na lua . Porém, desta vez faremos de uma forma diferente. Estamos trabalhando com a iniciativa privada na tentativa de diminuir os custos e aumentar a concorrência na corrida espacial. Temos certeza que isso pode trazer diversas inovações para o setor", finaliza Bridenstine.

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