Um artigo publicado na última quinta-feira (1) levantou a hipótese de que o asteroide " Oumuamua " pode ter sido enviado à Terra por alienígenas. A tese foi sustentada por dois cientistas do Centro de Astrofísica de Harvard.
De acordo com os astrofísicos, existe a possibilidade de que a rota do asteroide tenha sido direcionada, e não aleatória. “Pode ser uma sonda totalmente operacional enviada intencionalmente para as proximidades da Terra por uma civilização alienígena”, dizem. A aceleração também é um fator que desperta atenção.
Segundo os pesquisadores de Harvard , a aceleração do Oumuamua também poderia estar ligada a pressão da radiação solar o que representaria uma nova classe de material interestelar fino, ou produzido naturalmente, ou de origem artificial.
Para Abraham Loeb e Shmuel Bialy, autores do artigo, o asteroide tem um formato de panqueca. “Considerando uma origem artificial, uma possibilidade é de que o "Oumuamua" seja uma vela solar, flutuando no espaço interestelar como detrito de um equipamento tecnológico avançado", dizem os pesquisadores.
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A tecnologia de vela solar pode ser utilizada para transporte de cargas entre planetas ou entre estrelas, conforme afirmam os cientistas. "Velas solares com dimensões parecidas já foram construídas pela nossa civilização, incluindo o projeto Ikaros [no Japão], e a Iniciativa Starshot”, revelam os pesquisadores.
Nave alienígena e características do asteroide
De acordo com um estudo elaborado pela Queen's University Belfast , o corpo rochoso teve um “passado violento” e continuará a cair do espaço por pelo menos um bilhão de anos.
Astrônomos da Universidade de Barkely, na Califórnia, estavam convencidos que a rocha do tamanho do arranha-céus londrino de Gherkin, com cerca de 180 metros, pertencia a grupos extraterrestres pela grande distância que percorreu sem ser destruído.
A análise do brilho gerado pelo objeto interestelar juntamente do estudo de sua velocidade e trajeto percorrido evidenciou que pode ter sido originado em um sistema planetário que orbita ao redor de uma estrela, que não é o Sol.
No estudo atual, foi descoberto que o objeto sobreviveu a uma longa jornada por conta de uma crosta protetora que impediu seu núcleo, provavelmente feito de gelo, de vaporizar. Além disso, a equipe tentou criar um perfil mais preciso para desvendar exatamente de onde veio e para onde está indo.
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O líder da pesquisa, Dr. Wes Fraser, afirmou que as variações de cores do Oumuamua intrigaram os estudiosos, revelando sua superfície irregular que se divide em vermelho e uma cor neutra, como se fosse um punhado de neve suja.
"A maior parte da superfície é neutra, mas uma de suas ‘pontas’ é de um vermelho intenso. Isso mostra diferentes composições, o que é incomum para um corpo considerado pequeno. Nossos resultados realmente ajudam a traduzir uma imagem mais ‘fiel’ desse corpo tão estranho para o nosso sistema solar”, disse ao Daily Mail .
Segundo informações fornecidas pela BBC, a equipe segue estudando o asteroide e sua trajetória. Para os cientistas, é possível que mais de 10 mil objetos interestelares como esse estajam dentro da orbita de Netuno.