
Uma nova espécie de dinossauro considerada mais "resistente" foi descoberta por arqueólogos em Utah, nos Estados Unidos. Pesquisadores acreditam que o herbívoro com mais de três metros de altura tenha atravessado uma área que ligava a Ásia à América do Norte há cerca de 76 milhões de anos. As informações são do Daily Mail .
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Estudiosos da Universidade de Utah informaram que essa nova espécie de dinossauro é a mais antiga já encontrada entre o grupo dos "mais resistentes", que viveram no período Cretáceo Superior. O esqueleto do animal também foi taxado como o mais completo de um Ankylosaurid ("espinho na cabeça", em tradução livre), o chamado grupo de ‘dinossauros blindados’, encontrado no sudoeste dos EUA.
Nova espécie de dinossauro teve fóssil exposto em museu

A espécie recém-descoberta não se parece com os outros ankylosaurids norte-americanos, sendo semelhante à espécie asiática, que tinha espinhos protetores espalhados por toda a cabeça e região das narinas.
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A equipe de pesquisa relatou que tais discrepâncias físicas dos animais, com pequenos dentes e dois ‘anéis’ no pescoço, pode ter sido ocasionada pela baixa do nível do mar, que fez com que os ‘gigantes’ saíssem da Ásia para a América do Norte.
"Ficamos extremamente surpresos ao identificarmos que esses dinossauros tinham um vínculo com espécies asiáticas. Até então achávamos que a aparência diferente vinha dos animais do oeste norte-americano”, explicou um dos autores do estudo, Randall Irmis.
Depois das análises, o esqueleto do dinossauro foi reconstruído e levado para o Museu de História Natural de Utah. Apelidado de "Johnsoni", em homenagem a um voluntário do museu, o 'grandão' tem recebido visitas de crianças e adultos de diferentes regiões.
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“Conseguimos deixar o esqueleto dessa nova espécie de dinossauro quase completo, com toda a parte do crânio, coluna vertebral e membros específicos da couraça óssea, incluindo os dois anéis no pescoço e os espinhos de proteção. É sempre emocionante nomear um novo fóssil, e igualmente estimulante conseguir levantar informações sobre a vida dessas figuras do período jurássico. Pretendemos continuar com os estudos para descobrirmos como era sua dieta, comportamento, e como de fato se deu essa mudança da Ásia para a América do Norte”, concluiu a autora principal, Jelle Wiersma.