Junho acabou de começar e o universo já tem boas notícias para os admiradores celestes, afinal, o mês está cheio de eventos astronômicos para observar. Alguns deles estão visíveis a olho nu aqui no Hemisfério Sul, contudo, se aquilo que você quiser admirar só estiver visível no Hemisfério Norte, saiba que a tecnologia pode te ajudar a observar todos os fenômenos.
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Outra boa notícia é que, de acordo com informações do portal britânico Metro , a grande parte dos eventos astronômicos não precisará de equipamentos como telescópios para ser vista. Bastará olhar para o céu, tomando todos os cuidados necessários, para observar alguns espetáculos proporcionados pelo universo. Pronto para marcar todos os favoritos na agenda?
Dia 13: Lua Nova
O primeiro deles é a Lua Nova , que acontece daqui pouco mais de uma semana. Significa que o astro está do mesmo lado da Terra e do Sol, assim, ficará invisível durante a noite, desaparecendo às 16h44 no horário de Brasília.
Uma das ‘vantagens’ do desaparecimento da Lua é que outras partes do universo poderão ser observadas. Sem a luz lunar, você poderá olhar para o céu e enxergar diversos corpos celestes e fenômenos como galáxias e grupos de estrelas que, neste momento, ficam visíveis a olho nu.
Dia 19: Asteroide 4 Vesta em oposição
Segundo o calendário da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o segundo maior asteroide do Sistema Solar poderá ser acompanhado na quarta semana de junho, quando o 4 Vesta
estiver posicionado na constelação de Sagitário.
Com 530 km de diâmetro, ele foi descoberto em 1807 e há pouco tempo foi promovido a protoplaneta, ou seja, um planeta que nunca chegou a se desenvolver completamente. E para conseguir vê-lo, a UFRJ recomenda que sejam utilizados binóculos e telescópios, que podem garantir uma bela observação do corpo celeste.
Dia 21: Solstício de Inverno
O terceiro evento da lista é nada mais nada menos do que a chegada do inverno no Hemisfério Sul. Segundo explica a física Silvania Sousa do Nascimento, professora da Universidade Federal de Minas Gerais e coordenadora do Núcleo de Astronomia do Espaço do Conhecimento UFMG, o solstício acontece por causa da nossa posição no planeta e da inclinação do eixo de rotação da Terra .
Uma vez que a inclinação varia ao longo do ano, a forma como os raios solares atingem as regiões da Terra também não será igual. Como consequência, todos os anos temos uma data em que os raios solares incidem verticalmente sobre o Trópico de Câncer. Este será o dia, no Hemisfério Sul, com o menor período de claridade do ano e o indicador da chegada do inverno.
Para observá-lo, existem algumas táticas. Uma delas consiste em analisar o nascer ou o pôr do sol, já que os solstícios são os dias em que o Sol está mais distante do leste, no amanhecer, e do oeste, no poente. Mas é preciso tomar cuidado: não podemos olhar diretamente para o astro, são necessários filtros adequados para este ato. Portanto, use óculos escuros.
Dia 24: Passagem da Estação Espacial Internacional
Lançada em novembro de 1998, a Estação Espacial Internacional (ISS) é um laboratório completo que orbita o nosso planeta e dá mais de 15 voltas ao redor da Terra todos os dias. Estando a uma distância média de 345 km, às vezes conseguimos observá-la junto de outros astros do Sistema Solar, e isso deve acontecer seis vezes em junho.
De acordo com o calendário do Projeto Astronômico, da Plataforma Astronômica Francisco Prado, prepare seus olhos às 19h41 do dia 19, às 18h47 do dia 20, ou às 17h54 do dia 21. Perdeu todas essas oportunidades? Não precisa se preocupar, porque os três dias seguintes também contarão com a ISS no céu: às 18h36 do dia 22, às 17h42 do dia 23 e, finalmente, às 18h26 do dia 24.
Dia 26: Chuva de meteoros Alfa Capricornídeos
Se você sempre quis ver uma chuva de meteoros , a sua chance estará no céu do dia 26, quando a Alfa Capricornídeos atingir o seu máximo. Ela está associada ao cometa 169P/NEAT e pode ser observada todos os anos, normalmente, entre os meses de junho e agosto.
Dia 27: Saturno em oposição
Seu sonho sempre foi conseguir ver o planeta Saturno ? Então, o dia 27, uma quarta-feira, será o momento ideal para isso. Neste momento, o astro fará sua maior aproximação em direção à Terra e, iluminado pelo Sol, ele deve aparecer muito brilhante e visível.
O portal britânico Metro recomenda o uso de um telescópio para conseguir ver todos os detalhes do planeta, como seus anéis e até mesmo algumas de suas luas que estarão mais próximos de nós às 10h.
Dia 28: Lua de Morango
Por fim, o mês deve acabar com o fenômeno da Lua de Morango , uma lua cheia que estará localizada junto ao Sol, do lado oposto da Terra. Ela recebeu esse nome por motivos culturais, e não astronômicos: sua aparição assinala o momento do ano em que as frutas estavam maduras e começavam a ser recolhidas por tribos americanas.
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De todos os eventos astronômicos do mês, o último acontecerá dois dias antes de junho acabar, e se você quiser vê-lo deve olhar para o céu às 01h53. Se as nuvens não colaborarem para a sua observação, recorra à internet. Diversos sites e plataformas científicas realizam transmissões ao vivo de fenômenos como este.