Uma equipe de cientistas de diferentes universidades internacionais conseguiu acompanhar o processo de megafusão de um grupo de galáxias pela primeira vez na história. De acordo com o Daily Mail , 14 aglomerações de estrelas foram localizadas a 12,4 bilhões de anos-luz de distância e registradas pelo telescópio Alma, que fica no Atacama, Chile.
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O aglomerado deve se tornar um dos elementos mais massivos do universo, sendo 10 trilhões de vezes superior à massa do Sol. Os astrônomos acreditam que, nessa área, há pelo menos 14 galáxias que seguem formando estrelas até mil vezes mais rápido do que a Via Láctea.
Segundo o coautor do estudo e pesquisador do Centro de Astrofísica Computacional do Flatiron Insitute, Chris Hayward, o nível extremo de congestionamento e taxa de nascimento de estrelas é sem precedentes.
"Conseguimos registrar a megafusão em seu processo incial, essa é com toda certeza uma conquista que ajudará a entender como os protoclusters, ou seja, os aglomerados de estrelas se formam”, disse.
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A megafusão de galáxias
Usando modelos matemáticos baseados em observações reais, o grupo de estudiosos foi capaz de prever o movimento do cluster. No entanto, mesmo com importantes registros, ainda não foi identificado como os sistemas gravitacionais de estrelas passaram a se formar tão rapidamente.
Para o professor de astrofísica da Universidade de Dalhousie, Scott Chapman, ter um protocluster grandioso em formação é de extrema relevância, entretanto, representa um desafio para a compreensão atual do modo de como as estruturas se formam no universo. “Pelo que observamos, esses 14 sistemas irão parar de produzir estrelas e se aglutinarão formando uma galáxia gigantesca” acrescentou.
Os atuais modelos teóricos e computacionais sugerem que protoclusters tão grandes quanto este devem ter demorado muito mais tempo para evoluir já que, anteriormente, os cientistas pensavam que tais eventos começaram a ocorrer três bilhões de anos depois do Big Bang.
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Esse aglomerado de galáxias foi descoberto usando o telescópio Polo Sul do observatório espacial de Herschel, e posteriormente o Array (Alma), um telescópio com 66 antenas espalhadas nos Andes Chilenos, que também contribui para a identificação de pequenas galáxias no universo.