Os dinossauros foram criaturas que viveram na Terra há milhões de anos, mas que continuam a povoar nosso imaginário e a nos surpreender ainda hoje. De tempos em tempos, descobertas sobre espécies são realizadas por equipes de cientistas, como a que foi feita recentemente sobre uma espécie de dinossauro identificada como Arqueopteryx, que, segundo os pesquisasores, conseguia voar .
A conclusão sobre a espécie de dinossauro foi feita após a análise dos restos fossilizados através de um método avançado de raio-x, que analisou o material do animal que viveu há mais de 150 milhões de anos, na área em que, atualmente, se encontra o sul da Alemanha.
Leia também: Pesquisador defende que esqueleto encontrado no Peru é "múmia extraterrestre"
Os estudiosos expuseram que a espécie era capaz de voar como um faisão, fazendo voos "curtos, repentinos e ativos". Estudado por paleontólogos desde que seus ossos foram encontrados, em 1860, o Arqueopteryx, que significa “asas tardias”, possuía tamanho semelhante ao da ave pega-rabuda, além de ter asas repletas de plumas, dentes afiados, cauda óssea longa e três garras.
As descobertas
Esteticamente considerado uma junção entre pássaros e dinossauros, mais detalhes foram descobertos sobre a criatura após a equipe escanear o fóssil com uma espécie de acelerador de partículas apelidado de síncotron, em um laboratório na França.
Leia também: Porcos se tornarão doadores de órgãos para humanos em breve, afirma cientista
Segundo os pesquisadores, com a ajuda da técnica de Facilidade de Radiação de Sincrotron Europeia (ESRF), foi possível identificar que os ossos das asas do animal eram extremamente parecidos com os de pássaros modernos, que costumam se habilitar de tal estrutura para voos menos arriscados, como uma maneira de escapar de predadores e caçadores.
Os cientistas afirmaram que, para realizar a pesquisa, o feixe de raio-X da ESRF foi utilizado para examinar dentro dos ossos, sem que o esqueleto fosse danificado. E que, para tirar as varreduras, precisaram acelerar os elétrons em torno de um túnel com o objetivo de gerar raios-X 100 bilhões de vezes mais poderosos do que os presentes em hospitais.
“Com as análises, percebemos muito rápido que as paredes dos ossos do Arqueopteryx eram finas demais, não se assemelhando as estruturas dos dinossauros terrestres, mas sim as de pássaros. Essa questão, sobre se ele vivia apenas no solo ou voava, é muito antiga, desde os tempos de Charles Darwin, mas estamos conseguindo desvendar vários mistérios”, disse o cientista e principal estudioso sobre a técnica ESRF, Dennis Voeten ao Daily Mail .
Leia também: Peixe "alienígena" surge em praia e intriga moradores na Austrália; veja
Apesar de ter identificado um antepassado comum, o grupo responsável pelo estudo categorizou o Arqueopteryx como “uma ramificação, sem uma árvore evolutiva definida”. Porém, acredita que as aves a quais o dinossauro descende, evoluíram de um grupo de pequenos dinossauros carnívoros, conhecidos como terópodes maniraptoranos.