A Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) está construindo uma nave espacial, batizada de HAMMER (martelo, em português), cujo objetivo é evitar que asteroides perigosos atinjam a Terra. Segundo o portal Mirror , a nave seria capaz de explodir qualquer objeto que represente potencial risco ao nosso planeta, evitando um choque.
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A ideia da HAMMER, sigla em inglês para Suavização de Asteroide em Alta Velocidade para Resposta Emergencial, foi concebida pela Nasa após o monitoramento de um asteroide chamado Bennu. Ele pode ser observado a partir da Terra a cada seis anos, porém, o que tem preocupado os cientistas é um fenômeno incomum que deve acontecer em 2135: a passagem do corpo celeste entre nosso planeta e a Lua.
O movimento seria perigoso ao direcionar o objeto diretamente à Terra, um cenário de possível destruição em massa. “Isso pode causar mortes e um sofrimento imenso”, explicou Dante Lauretta, investigador da agência espacial e professor de ciências planetárias, responsável por recolher fragmentos de rochas do Bennu, uma das tarefas da missão.
A missão OSIRIS-REx passará um ano avaliando o asteroide que orbita o Sol a uma velocidade de mais de 100 mil quilômetros por hora. A viagem espacial tem como objetivo conseguir informações que ajudem nas pesquisas sobre como o Bennu e sua trajetória são afetados pela absorção de radiação solar. Para Lauretta, as rochas podem significar “informações vitais para gerações futuras”.
Asteroide passa "raspando"
Na última semana, um asteroide passou muito próximo da Terra em uma situação que, no futuro, poderá ser evitada pelo HAMMER. De acordo com a Agência Espacial Norte-Americana, o 2017 VR12 estava previsto para passar a uma velocidade de aproximadamente 80 mil quilômetros por hora (km/h).
Foi estimado que ele passaria a uma distância de 111.400 quilômetros da Terra, o equivalente a três vezes à encontrada entre nosso planeta e a Lua. O corpo rochoso do tamanho do Empire State Building, de 381 metros, foi designado pelos astrônomos como “perigoso, apesar de não apresentar riscos de colisão”, entretanto, não havia motivos para grandes preocupações.
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Segundo a Nasa, as chances de colisão com a Terra eram extremamente baixas e não se concretizaram. Para os cientistas, a passagem do fenômeno é importante e aguardada por conta do mistério que o cerca, já que informações relevantes ainda não foram levantadas, o que tem dificultado as definições de suas características físicas. A equipe ainda espera utilizar os dados para outros estudos e até mesmo missões futuras.