Monumento em Berkshire tem mais de 5 mil anos e é um dos primeiros exemplos de construção na Grã-Bretanha.
Reprodução/Wessex Archaeology
Monumento em Berkshire tem mais de 5 mil anos e é um dos primeiros exemplos de construção na Grã-Bretanha.

Um monumento pertencente ao período Neolítico foi encontrado ao lado de um ‘tesouro’ de restos humanos e fragmentos de cerâmica da mesma época, em um local que fica a uma distância de 3,5 quilômetros do Castelo de Windsor, na Inglaterra. Segundo cientistas, o local parece ter sido usado para festas e rituais sazonais. 

Leia também: Cientistas descobrem que primeiro britânico da história era negro de olhos azuis

O sítio foi descoberto por meio de uma série de valas circundantes com grandes lacunas artificiais, que revelaram um enorme local de reunião cerimonial. Conhecido como "recinto temporário", o monumento em Berkshire tem mais de cinco mil anos e é um dos primeiros exemplos de construção na Grã-Bretanha.

Mais descobertas e rituais

Durante as escavações, machados feitos de pedras e lâminas serrilhadas também foram encontrados no local que os especialistas sugerem ter sido usado sazonalmente para festas e rituais. Já os restos humanos trazem evidências de adulteração pós-morte, por apresentarem marcas cranianas que podem ter sido esculpidas em um ritual de enterro.

Vale mencionar que, no total, 80 monumentos neolíticos foram identificados na ilha até o momento. No entanto, estudiosos acreditam que uma arena de cascalhos próxima da vila de Datchet pode conter muito mais descobertas e até mesmo mostrar a área completa do “recinto temporário”.  

Leia também: Fóssil de aranha com cauda de escorpião é encontrado após 100 milhões de anos

Pesquisadores arqueológicos da Wessex afirmam que os achados são raros e que podem contribuir grandemente para o entendimento da história da Grã-Bretanha e de seus primeiros colonizadores.

undefined
Reprodução/Wessex Archaeology

‘Tesouro’ de restos humanos antigos foi encontrado no Castelo de Windsor

“Essa descoberta é emocionante, estamos falando de mais de cinco mil anos e dos primeiros povos que se instalaram neste lugar. Algumas dessas construções não contêm muitos artefatos, mas esta, com certeza, tem muitas riquezas importantes para a compreensão do que foi o Período da Pedra Polida para os britânicos”, disse o diretor da Wessex, John Powell ao The Guardian .

As cerâmicas decoradas também representam mais possibilidades de entender a história e a cultura dos povos colonizadores. Segundo eles, os desenhos gravados e os resquícios das peças quebradas ressaltam o fim de conflitos violentos que ali ocorreram.

Os cientistas ainda alegam que, agora, pretendem se dedicar ao estudo dos depósitos deixados nos escombros, a fim de detectarem o que os residentes da época comiam e bebiam. A coleção de ossos de animais, como raposa, veado e outras espécies silvestres será estudada de maneira mais aprofundada em breve.

Leia também: Cientistas acham "cratera espermatozoide", que pode ser prova de água em Marte

“Esses artefatos e ossos pertencem, provavelmente, a caçadores britânicos que estavam abandonando o estilo de vida nômade para se fixarem em assentamentos agrícolas. Estamos muito animados,  a escavação desse monumento aumentará o conhecimento sobre nossa história, e consequentemente sobre os primeiros anos de agricultura na Grã-Bretanha”, concluiu o cientista da Berkshire Archaeology, Roland Smith.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!