O formato peculiar da cratera pode ser explicado justamente pela possibilidade de já ter abrigado água no passado
Reprodução/Nasa via Metro
O formato peculiar da cratera pode ser explicado justamente pela possibilidade de já ter abrigado água no passado


Uma cratera de formato muito peculiar, que lembra um espermatozóide, foi encontrada na superfície de Marte. Segundo o portal Metro , a aparência do buraco não é apenas uma coincidência, já que representa uma provável e muito importante função para as pesquisas: cientistas da Nasa acreditam que, em algum momento da história, ela tenha sido um depósito de água.

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Em um anúncio publicado na última terça-feira (6), a agência espacial explicou que a imagem da “cratera espermatozóide ” foi obtida a partir do Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), uma sonda que busca evidências da presença de água no planeta. “O buraco se parece com um girino por causa do vale que foi esculpido pelo líquido”, explicou uma nota da Nasa.

Dessa forma, apesar de inusitada, a parte da “cauda” do buraco pode ter sido formada pelo fluxo proveniente de um enorme corpo d’água. “Costuma ser difícil diferenciar canais de entrada e de saída, mas a água sempre corre para baixo”, explicou a agência.

Muito importante para os estudos sobre o planeta, as imagens da cratera podem ser usadas para a compreensão do comportamento da água. Os detalhes das fotos, por exemplo, devem ser de grande valia para que cientistas estimem a força dos fluxos d’água na região, além de toda a história da atividade aquática.

Missões no "Planeta Vermelho"

Para além das investigações do MRO, a Nasa possui um grande programa astronômico para compreender Marte. Em janeiro, inclusive, a agência comunicou que os testes para um sistema de energia nuclear, com o objetivo abastecer e facilitar missões no planeta , estão ocorrendo com êxito. O projeto  Kilopower  foi detalhado em uma coletiva de imprensa em Las Vegas, juntamente do Departamento de Energia dos Estados Unidos.

A iniciativa visa desenvolver um sistema que possa tornar maior o tempo de missões robóticas e tripuladas na superfície de Marte, da Lua, além de outros destinos do sistema solar. Os cientistas, que deram início ao projeto em novembro do ano passado, no departamento de Segurança Nacional de Nevada, estimam ele esteja funcionado perfeitamente até março.

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"Na Lua, o  Kilopower  poderá ser implantado para ajudar na busca de recursos em crateras permanentemente sombreadas. Nós queremos uma fonte de energia que possa lidar com ambientes extremos”, afirmou Lee Mason, tecnólogo da Nasa, agência também responsável pelas fotos da "cratera espermatozóide".

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