O poder da ciência parece não ter limites. Com instrumentos tecnológicos, a medicina tem avançado de maneira admirável, como no caso relatado na revista “EBio Machine”, na terça-feira (30), em que cientistas chineses conseguiram criar orelhas humanas com impressora 3D .
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A reconstrução das orelhas
foi realizada em pacientes infantis, entre 6 e 9 anos, que apresentavam quadro de uma deformidade congênita chamada microtia, na qual a orelha externa (ou pavilhão auricular) é subdesenvolvida. A condição afeta a audição, além de poder acarretar outros problemas fisiológicos e mesmo psicológicos.
Casos bem-sucedidos
Cinco crianças foram submetidas ao experimento de reconstrução do órgão. Para tanto, os cientistas escanearam as orelhas e transferiram os dados para a impressora 3D, o que possibilitou a construção de um molde novo. Também foi necessária a criação de cartilagem, desenvolvida in vitro por meio do uso de condrócitos, células presentes no tecido cartilaginoso. Essas células foram colocadas em um suporte biodegradável e desenvolvidas em um tubo de ensaio.
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Depois desse procedimento, a cartilagem
criada foi usada na reconstrução auricular dos pacientes e, segundo o jornal de publicação médica e científica, o resultado apresentado ao longo da maturação do tecido nos cinco casos foi satisfatório, o que levou um total de dois anos e cinco meses para acontecer.
Ainda de acordo com a revista “Ebio Medicine”, a miotia atinge uma a cada cinco mil pessoas no mundo. A média, porém, é maior em países asiáticos e nos latino-americanos. Apesar de o método aplicado pelos cientistas chineses ter sido bem-sucedido nos cinco casos, ainda é descartada a cirurgia em orelhas de pessoas que não apresentem a deformidade congênita, apenas para fins estéticos, já que o corpo humano pode apresentar diversas reações ao processo.
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*Com informações da Agência Ansa