
O empresário Adalberto Amarilio dos Santos Júnior, encontrado morto em um buraco dentro do Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo, foi vítima de uma morte violenta por asfixia, segundo o laudo pericial. A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública ao Portal iG.
De acordo com a polícia, o caso, que antes era tratado como morte suspeita a esclarecer, agora será investigado como homicídio. A perícia detectou escoriações no pescoço de Adalberto que sugerem esganadura e criam a hipótese de que ele foi agredido por outra pessoa antes de morrer.
Não foram encontradas lesões traumáticas no corpo, nem sinais de violência sexual. Além disso, os exames descartaram o uso de álcool e drogas por parte da vítima. Esse resultado contraria o depoimento de Rafael Aliste, amigo do empresário, que disse à polícia que os dois teriam consumido cerveja e maconha juntos no dia do evento.
Vale destacar, no entanto, que a localização do corpo pode ter interferido no resultado do exame toxicológico. A bexiga do empresário já estava vazia quando ele foi encontrado, e há a possibilidade de que o organismo tenha metabolizado completamente as substâncias antes da morte.
Relembre o caso
Adalberto Amarilio Júnior desapareceu no dia 30 de maio após participar de um evento de motociclistas. Quatro dias depois, seu corpo foi encontrado em um buraco numa área em obras no Autódromo de Interlagos. Câmeras de segurança registraram o momento em que ele chegou ao evento e foi até o estacionamento, e ele não foi mais visto com vida desde então.
A esposa do empresário, Fernanda Amarilio, afirmou que ele havia mandado mensagem dizendo que iria jantar em casa e acredita que ele foi abordado no caminho até o carro.
Nota da SSP
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) segue com as investigações para esclarecer todas as circunstâncias da morte. O Laudo do IML apontou que a causa da morte foi asfixia. Diante disso, a natureza do inquérito foi alterada para homicídio. Mais informações serão preservadas para garantir a autonomia do trabalho policial.