Vinícius Gritzbach foi atingido com tiros de fúzil
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Vinícius Gritzbach foi atingido com tiros de fúzil


A Divisão de Homicídios da Polícia Civil (DHPP) acredita que o assassinato a tiros de Vinícius Gritzbach no aeroporto internacional de Guarulhos , na tarde de sexta-feira (8) veio de um grupo com treinamento especial e informações privilegiadas .

A polícia investiga o assassinato e, principalmente, o local escolhido para o ataque. Pelo aeroporto ser altamente monitorado e munido de segurança, os policiais disseram à Folha que têm “ absoluta certeza ” de que alguém repassou informações para tornar o ataque possível.

Assassinato público surpreende polícia

Gritzbach foi o pivô de uma guerra interna do PCC . Após ser acusado de desvio de dinheiro do traficante Cara Preta e ordenar o assassinato do mesmo, o empresário ainda fez delação premiada. O empresário era jurado de morte pela facção , e a polícia não se surpreendeu com o crime.

Porém, para a investigação, foi intrigante que o lugar escolhido seja o aeroporto internacional de Guarulhos, lugar fortemente armado e recheado de seguranças: monitoramento por câmeras, guardas civis e militares, polícia federal e municipal, entre outras medidas.


Treinamento especial e informações privilegiadas

À Folha, os policiais responsáveis pelas investigações disseram ter " absoluta certeza " de que pessoas internas ao aeroporto repassaram " informações privilegiadas " para os atiradores; ainda não há suspeito de informante.

A polícia acredita que o tiroteio não foi acidental ou de oportunidade: pelo contrário, foi planejado e operado por profissionais . As imagens dos atiradores deram à polícia ideia de que eram pessoas treinadas e acostumadas a atirar com fuzil, arma usada com frequência por atiradores de elite.

Outras observações da polícia

A polícia analisou as imagens de segurança do tiroteio em Guarulhos e tirou algumas conclusões, a partir da qual vão liderar as investigações. Algumas delas:

  • Atiradores avançaram em formação aparentemente preparada para ataque mortal;
  • Policiais contratados como segurança reagiram de forma "atípica" ao, na verdade, não ter reação nenhuma ao ataque;
  • Ineficiência e ausência dos policiais seguranças, preparados pela Força Tática para ações do tipo;
  • Ao menos cinco pessoas participaram diretamente da ação.

A polícia afastou os policiais e investigará o ocorrido. Além disso, trabalha com lista de suspeitos principais e recebem os primeiros resultados de laudos para guiar a investigação. 

** Jornalista pelo Mackenzie e cientista social pela USP, trabalha com redação virtual desde 2015 e teve passagem em grandes redações do Brasil. Curte cultura, política e sociologia.

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