Metrô em São Paulo sofre paralisação nesta terça (28)
Fernando Frazão/Agência Brasil
Metrô em São Paulo sofre paralisação nesta terça (28)

O sindicato dos metroviários e metroviárias de São Paulo, junto a trabalhadores da Sabesp, aderiu à greve unificada agendada para esta terça-feira (28), e deve impactar o funcionamento do transporte público na capital paulista e na região metropolitana. A mobilização é uma resposta aos planos de privatização defendidos pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

A greve foi  confirmada pelo sindicato no dia 23, mas uma nova assembleia está marcada para às 16h desta segunda-feira (27), em frente à Câmara de Vereadores da cidade de São Paulo, para avaliar a situação e realizar uma votação simbólica. O governo de São Paulo decretou ponto facultativo nesta terça. Essa é a  segunda greve dos metroviários em pouco mais de um mês. A paralisação afetará as seguintes linhas:

No Metrô:

  • 1-Azul
  • 2-Verde
  • 3-Vermelha e 
  • 15-Prata (monotrilho),
  • As linhas 4-Amarela e 5-Lilás não serão afetadas. 

Na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM):

  • 7-Rubi
  • 10-Turquesa
  • 11-Coral
  • 12-Safira
  • 13-Jade
  • As linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda não serão afetadas.

A greve inclui a participação da Sabesp – estatal cobiçada pelo governo de São Paulo para ser privatizada – e outros órgãos governamentais, como a Universidade de São Paulo (USP), por meio de professores, e a Fundação Casa.

O governador Tarcísio entrou na Justiça um pedido de tutela antecipada para obter uma liminar contrária à greve dos funcionários. A ação solicita que todos os funcionários do sistema de transporte trabalhem durante os horários de pico e de pelo menos 80% no restante do dia. 

O texto propõe multa de R$ 2 milhões ao sindicato em caso de descumprimento da decisão e requer a autorização para não repassar os descontos feitos em folha a título de mensalidade sindical. Os sindicalistas afirmam que podem trabalhar normalmente, desde que a passagem da população não seja cobrada. 

Qual o motivo da greve? 

A motivação por trás da greve é a oposição às propostas de desestatização de empresas públicas, através de privatizações e terceirizações, lideradas pelo governo Tarcísio. "O governador Tarcísio de Freitas quer destruir os serviços públicos em São Paulo", diz o comunicado do sindicato dos Metroviários.

A presidente da entidade, Camila Lisboa, destacou a acerleração do processo de privatização no Estado. “No Metrô e na Fundação Casa, por meio dos editais de terceirização, na Sabesp, com o envio do PL que tramita em caráter de urgência na Alesp, e na Educação, impõe um corte de 10 bilhões", argumentou. Uma proposta de funcionamento de catracas livres também é reivindicada pelos grevistas.

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