Tarcísio e Nunes negam internação compulsória, mas prometem controlar Cracolândia em até quatro anos
Isadora de Leão Moreira/Governo do Estado de São Paulo
Tarcísio e Nunes negam internação compulsória, mas prometem controlar Cracolândia em até quatro anos

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), anunciaram nesta terça-feira (24) um pacote de medidas para conter o avanço da Cracolândia. O anúncio foi feito em coletiva de imprensa realizada no Palácio dos Bandeirantes.

Entre as medidas estão a implantação de câmeras de segurança com reconhecimento facial e aumento de vagas em comunidades terapêuticas e hospitais. A expectativa é que 700 vagas sejam disponibilizadas nos próximos meses.

O governo paulista ainda deve investir na capacitação de agentes para a abordagem de dependentes químicos. Cerca de 200 profissionais capacitados devem ser contratados de imediato.  

Tarcísio disse que há projeto para criar um “hub” para atender dependentes de álcool e drogas, que vai servir como porta de entrada para atendimento dos usuários. A proposta deve seguir o modelo do Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas, o Catrod, que será reformulado.

Questionado sobre a possibilidade de internação compulsória dos dependentes químicos, Tarcísio de Freitas negou que a medida será implementada. Segundo o governador, a internação obrigatória só será usada em “último caso”.

Freitas e Nunes designaram o vice-governador, Felício Ramuth (PSD), para liderar as ações na Cracolândia. Ramuth deve chamar o Ministério Público e o Tribunal de Justiça para participar de um grupo de debates sobre o programa.

A expectativa do Palácio dos Bandeirantes é de conter o avanço e o desenvolvimento da Cracolândia em até quatro anos. Os programas serão tocados pelo governo estadual em parceria com a Prefeitura de São Paulo.

A Cracolândia é um problema social que persiste há mais de 30 anos na capital paulista. Usuários de drogas se reúnem na região central da capital paulista, onde têm acesso a traficantes e consomem drogas em plena luz do dia.

Moradores dos bairros Santa Cecília e República reclamam do cheiro e da falta de segurança no local. Há registros de assaltos e brigas com tentativas de homicídio entre os dependentes.

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