Nísia Trindade disse que Ministério da Saúde vai intensificar as medidas de coordenação e controle de parâmetros técnicos
Reprodução/Ministério da Saúde
Nísia Trindade disse que Ministério da Saúde vai intensificar as medidas de coordenação e controle de parâmetros técnicos

A ministra da Saúde , Nísia Trindade , assegurou que não há falhas nas regras e sistemas de controle para doação de órgãos no Brasil , em resposta aos recentes casos de pacientes infectados por HIV após transplantes realizados no Rio de Janeiro . A declaração foi feita nesta terça-feira (15) após evento com o Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde.

Segundo a ministra, o problema ocorreu devido ao descumprimento dos protocolos estabelecidos pelo laboratório responsável pelos exames.

“O problema não está no regramento existente, mas ele não foi cumprido. O laboratório não apresentou as condições necessárias para o cuidado que se tem que ter com os transplantes. Isso tudo é muito regrado e essas regras não foram cumpridas”, disse a ministra

A ministra classificou o ocorrido como "inadmissível" e destacou que esse tipo de situação é inédita no Brasil, onde o sistema de transplantes é seguro e confiável. “Nós queremos fortalecer a confiança no sistema nacional de transplantes. Então, ao acontecer um caso como esse, ele deve ser investigado porque foge a regras e controles que existem”, ressaltou.

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Nísia também informou que o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), entrou em contato com ela na segunda-feira (14) para discutir o caso. Segundo a ministra, Castro expressou preocupação com o atendimento às vítimas e disse que está tomando as providências necessárias.

Em relação à possível desconfiança da população no sistema de transplantes e ao impacto negativo que o caso pode ter sobre o número de doações, a ministra afirmou que o Ministério da Saúde vai intensificar as medidas de coordenação e controle de parâmetros técnicos. Além disso, a pasta está desenvolvendo um plano de ação em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde para garantir a segurança e a confiança no sistema.

Entenda o caso


Seis pessoas  que estavam na fila do transplante da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro  (SES-RJ) receberam órgãos contaminados pelo HIV e agora testaram positivo para o vírus da Imunodeficiência Humana.

Além deles, mais dois doadores testaram positivo para o vírus. O incidente é inédito na história do serviço.

A Polícia Federal instaurou, nesta segunda-feira (14), o inquérito que vai investigar o caso . Na sexta-feira (11), o Ministério da Justiça já havia informado que a PF entraria no caso. A informação foi apurada pela CNN.

Com o início do inquérito, os investigadores devem colher depoimentos de testemunhas, de representantes do laboratório responsável e dos pacientes infectados. Não há previsão de datas.

Na sexta-feira, o Ministério da Saúde solicitou a  interdição cautelar do Laboratório Patologia Clínica Doutor Saleme  (PCS-Saleme) após denúncias de transmissão do vírus HIV a pacientes transplantados no Rio de Janeiro.

A investigação do laboratório envolvido segue em andamento, e o Ministério da Saúde promete transparência na apuração dos fatos.

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