Érika de Souza Vieira Nunes, detida em flagrante nesta terça-feira (17) após levar um homem morto há poucas horas , em uma cadeira de rodas, a uma agência bancária na Zona Oeste do Rio, com o intuito de conseguir um empréstimo de R$ 17 mil, afirmou em depoimento à polícia ser sobrinha e cuidadora dele.
O delegado Fábio Luiz, da 34ª DP (Bangu), encarregado da investigação, informou à TV Globo que irá ouvir parentes de Paulo Roberto Braga, de 68 anos.
"Ela tentou simular que ele fizesse a assinatura, mas os funcionários acharam que ele estava doente e chamaram o Samu. Ele já entrou morto no banco. Ela se diz cuidadora dele, e de qualquer forma ela vai responder pelos crimes. Vamos continuar a investigação com demais familiares e entender se na data do empréstimo ele estava vivo", disse o policial.
Um vídeo gravado por uma funcionária do banco circulou nas redes sociais na tarde de ontem e é possível ver o momento em que a mulher tentava fingir que o homem estava vivo.
Érika segurava a cabeça de Paulo Roberto durante toda a encenação, mas a falta de reação dele chamou a atenção dos funcionários, levando um deles a registrar a cena. Uma atendente chegou a expressar sua preocupação: "Acho que ele não está bem não".
Apesar da insistência de Érika e de seu pedido para que o homem assinasse os documentos, os funcionários do banco começaram a desconfiar da situação e acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A equipe do Samu confirmou a morte de Paulo Roberto. Seu corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para ser periciado. Érika poderá enfrentar acusações de estelionato e vilipêndio a cadáver.
Segundo a defesa de Érika, o homem chegou ao banco vivo.
"Os fatos não aconteceram como foram narrados. O senhor Paulo chegou à unidade bancária vivo. Existem testemunhas que no momento oportuno também serão ouvidas. Ele começou a passar mal, e depois teve todos esses trâmites. Tudo isso vai ser esclarecido e acreditamos na inocência da senhora Érika", declarou a advogada Ana Carla de Souza Correa à TV GLOBO.
Em nota, o Itaú Unibanco, onde o incidente ocorreu, afirmou que acionou imediatamente o Samu ao identificar a situação e está colaborando ativamente com as autoridades para esclarecer o caso.
A polícia está investigando se Érika cometeu furto mediante fraude ou estelionato, além de buscar esclarecer se ela contou com a colaboração de outras pessoas.
Veja o vídeo:
Quer ficar por dentro das principais notícias do dia? Clique aqui
e faça parte do nosso canal no WhatsApp.