O ex-vereador da cidade do Rio de Janeiro , Gabriel Monteiro , foi transferido para a Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo de Gericinó , em Bangu , na manhã desta quarta-feira (9). O complexo fica na Zona Oeste do Rio.
O youtuber estava sob custódia na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte, onde passou a noite de terça-feira (8).
A transferência cumpriu o pedido da juíza Rachel Assad da Cunha, que expediu o ofício à Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) para que Gabriel Monteiro ficasse em um presídio que assegurasse a integridade física do ex-parlamentar.
Em audiência de custódia, realizada na última terça-feira (8), a magistrada, decidiu manter a prisão preventiva do político, acusado de estupro. Durante a sessão, os advogados do youtuber alegaram que a condição de ex-policial militar de Monteiro, por ter efetuado prisões em sua função, e as tentativas de homicídio sofridas por ele, seriam fatores que colocariam em risco a vida de Gabriel. Assim, pediram que o acusado fosse alocado em um presídio compatível com a condição dele.
Gabriel Monteiro deixou, no início da manhã da última terça-feira (8), a 77ª DP (Icaraí), em Niterói, onde havia se entregado, e foi conduzido ao Instituto Médico Legal, no Centro do Rio, para realizar exames de corpo de delito.
O inquérito pelo qual Monteiro responde se refere a um crime que teria ocorrido no dia 15 de julho. Na ocasião, uma jovem, de 23 anos, afirma que conheceu Gabriel na boate Vitrinni, na Barra da Tijuca, e teria ido com ele para a casa de um amigo de Monteiro, no Joá, na Zona Sul.
Segundo a vítima, no local, o ex-parlamentar teria usado de violência para fazer sexo com ela, inclusive mostrando uma arma, empurrando-a na cama, segurando seus braços e desferindo tapas no rosto da vítima. Ele também teria forçado a relação sexual sem usar preservativo, apesar dos apelos da mulher.
O ex-vereador também é acusado da prática de outros crimes sexuais, inclusive por filmar relações íntimas com uma menor e, por isso, foi cassado. Ele é acusado de assédio moral contra assessores e de forjar situações para produzir conteúdos em suas redes sociais. Monteiro responde a todos esses crimes na Justiça.
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