Ricardo Magro é advogado e está à frente do Grupo Refit
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Ricardo Magro é advogado e está à frente do Grupo Refit






O empresário e advogado Ricardo Magro, de 51 anos, voltou aos noticiários, nesta quinta-feira (27), após deflagração da Operação Poço de Lobato. Magro comanda o Grupo Refit, responsável pela antiga Refinaria de Manguinhos, localizada no Rio de Janeiro.

A Refit, segundo a Receita Federal, é apontada como a maior sonegadora de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do Brasil e é investigada por prejuízos bilinários aos cofres públicos.

Prisão em 2016

Em 2016, o advogado foi preso sob suspeita de desvios em fundos de pensão da Petros, Petrobras, Postalis e dos Correios. Na época, ele era sócio do Grupo Galileo.

A empresa, supostamente, estava envolvia em operações fraudulentas na aquisição de títulos mobiliários relacionadas aos fundos de pensão. Ademais, Magro enfrentou acusações de associação criminosa e crimes financeiros. Contudo, foi absolvido. 

Crimes fiscais

Esta não a primeira vez que Magro tem seu nome envolvido em uma ação policial. Em dezembro de 2024, ele teria utilizado mais de 180 empresas para cometer crimes fiscais e lavagem de dinheiro

Essas empresas, segundo investigações da Polícia Civil,  seriam usadas para ocultar e movimentar recursos ilícitos relacionados principalmente à importação, distribuição e venda de combustíveis. 

Operação Carbono Oculto

Em agosto de 2025, o nome de Ricardo Magro foi citado na Operação Carbono Oculto. A ação apurou se a Refit, comandada pelo empresário, estaria envolvida no fornecimento de combustíveis para empresas ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC)

Além disso, foram investigadas práticas ilegais no que se refere à importação de combustíveis falsificados, mistura de derivados sem o devido processo de refinamento, como também a sonegação de impostos. 

Sobre a Operação Poço de Lobato

A Receita Federal, em conjunto com o Ministério Público de São Paulo, deflagrou, nesta quinta-feira (27), a Operação Poço de Lobato. A ação visa desmantelar um esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis.

As investigações apontam que o grupo, considerado o maior devedor do Brasil, possui um débito superior a R$ 26 bilhões. Além disso, os suspeitos tiveram mais de R$ 10,2 milhões de bens bloqueados pela Justiça.

Operação Poço de Lobato realizada Receita Federal e Ministério Público, nesta quinta-feira (27)
Divulgação/Receita Federal
Operação Poço de Lobato realizada Receita Federal e Ministério Público, nesta quinta-feira (27)


Ainda conforme a PF, o grupo é acusado de movimentar mais de R$ 70 bilhões, no período de um ano, mediante a fraudes, offshores e fundos de investimento.

Ao todo, estão sendo cumpridos 126 mandados de busca e apreensão contra pessoas físicas e jurídicas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Distrito Federal e Bahia.




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