
A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, por suspeita de importunação sexual, segundo informações divulgadas pelo UOL.
Procurado pelo Portal iG, o Supremo Tribunal Federal (STF) informou que o processo corre sob sigilo e, por isso, não tem acesso ao conteúdo dos autos.
Segundo o UOL, o indiciamento está relacionado a denúncias de assédio feitas por mulheres. As suspeitas vieram a público a partir de setembro do ano passado.
Almeida nega todas as alegações.
Ele foi demitido do cargo em setembro de 2024, após o caso ganhar repercussão. A decisão foi tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, prestou depoimento em outubro de 2024, assim como outras mulheres que relataram episódios de assédio. Todas as identidades permanecem protegidas pelo sigilo do inquérito.
De acordo com reportagem da revista Piauí, o primeiro episódio envolvendo Anielle Franco teria ocorrido em 30 de dezembro de 2022.
Na época, Almeida teria elogiado a ministra e, em seguida, sussurrado de forma erótica nos ouvidos dela e passado a mão em suas pernas por baixo da mesa durante uma reunião.
Segundo o UOL, fontes ligadas à investigação afirmam que os depoimentos e elementos reunidos pela PF são detalhados e suficientes para embasar uma eventual denúncia por importunação sexual.
Caberá à Procuradoria-Geral da República ( PGR) analisar o relatório final e decidir sobre a denúncia.
O iG entrou em contato com a Polícia Federal, que respondeu dizendo que "não se manifesta sobre investigações em andamento".
O Portal iG também procurou o ex-ministro Silvio Almeida, por meio de redes sociais, mas não obteve uma resposta até o momento. O espaço segue aberto para manifestações.