A empresa portuguesa Mota-Engil venceu o leilão realizado nesta sexta-feira (5) na B3, em São Paulo, e será a responsável pela construção, operação e manutenção do primeiro túnel imerso do Brasil, que ligará Santos a Guarujá, na baixada santista.
A Mota-Engil venceu o certame com proposta de desconto de 0,50%. A outra proponente, que saiu derrotada, foi a empresa espanhola Acciona Concesiones, que ofertou proposta de desconto de 0%.
O contrato terá duração de 30 anos e contempla a construção, operação e manutenção do empreendimento, que prevê 1,5 km de extensão, sendo 870 metros submersos.
O projeto conta com seis faixas de tráfego, espaço para o futuro Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), ciclovia, passarela para pedestres e galeria de serviços.
A obra, aguardada há quase um século pelos moradores da Baixada Santista, promete reduzir para apenas cinco minutos o deslocamento entre as duas cidades.
Hoje, o trajeto leva de 20 minutos a duas horas, por ser feito através de balsas e estradas, dois jeitos afetados pelas condições climáticas e pelo tráfego de navios.
Com investimento estimado em R$ 6,8 bilhões, o projeto prevê aporte público de até R$ 5,1 bilhões, divididos igualmente entre Estado e União.
O contrato também estabelece contraprestação mensal de R$ 438,3 milhões, paga exclusivamente pelo Estado de São Paulo durante 24 anos de concessão.
Estiveram presentes no leilão na B3, em São Paulo, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); o vice-presidente Geraldo Alckmin e ministros, entre eles Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos, e Fernando Haddad, da Fazenda.
Sobre a Mota-Engil
A portuguesa Mota-Engil é um conglomerado líder em construção civil, obras públicas, operações portuárias, resíduos, águas e logística, com atuação em 21 países da América Latina, África e Europa.
O grupo integra mais de 280 empresas, distribuídas entre três grandes áreas de negócio e participa de projetos como a Linha Ferroviária Kano-Maradi, na África, e o Hospital de Todos os Santos, em Lisboa.
Em 2008, a Mota-Engil figurou entre as cem maiores empresas europeias do setor da construção e hoje está entre as 30 maiores do continente.