
O piloto do balão que caiu em uma área rural de Capela do Alto (SP), na manhã de domingo (15), matando uma passageira de 27 anos e deixando outras 11 pessoas feridas, passou por audiência de custódia e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva, nesta segunda-feira (16).
O piloto vai responder por homicídio culposo agravado e atividade irregular de balonismo.
De acordo com a Confederação Brasileira de Balonismo (CBB), ele não possuía licença para pilotar o balão e estava com outras documentações irregulares.
Nesta segunda, durante audiência de custódio, ele atribuiu o acidente a uma rajada de vento inesperada e disse que alguns passageiros tentaram pularam do balão quando ele buscou pousar em locais aleatórios.
O piloto trabalha para uma empresa da cidade de Boituva (SP), município localizado próximo ao local da queda.
A empresa já havia sido lacrada anteriormente por irregularidades e reabriu com outro CNPJ. O proprietário ainda não se apresentou à polícia para prestar esclarecimentos.
A prefeitura de Boituva informou que, desde a noite de sábado (14), a CBB cancelou todas as competições programadas para domingo e, na manhã deste dia, cancelou também o Voo Fiesta que aconteceria à tarde, como medida de segurança, em razão das condições climáticas desfavoráveis.
O balão transportava 33 passageiros, além do piloto e um ajudante, quando caiu no bairro Distrito do Porto, próximo a estrada municipal Vereador Geraldo Portela.
Por meio de nota ao Portal iG, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou que todas as circunstâncias relacionadas às causas do acidente seguem em investigação e que os exames periciais, assim como o laudo necroscópico, estão em elaboração e serão analisados para determinar tanto as causas do acidente quanto a causa da morte da vítima.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) também apura o caso.