
Uma mulher causou um tumulto ao procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no município de Itajaí , litoral de Santa Catarina , para vacinar uma bebê reborn . Diante da negativa por parte dos funcionários, ela demonstrou indignação antes de deixar o local.
O caso aconteceu em janeiro, mas veio à tona nesta semana após confirmação pela prefeitura local. A mulher teria chegado ao local com a boneca e a filha de quatro anos.
Entenda
Inicialmente, a profissional que fez o atendimento pediu a carteira de vacinação da criança, imaginando que ela receberia a vacina. A mulher negou e solicitou que a dose fosse aplicada na boneca, e que gostaria de filmar para postar nas redes sociais.
Os profissionais responsáveis pela unidade de saúde negaram a aplicação na bebê reborn e explicaram que os materiais são de uso exclusivo em seres humanos, e que não podem ser desperdiçados.
Segundo a prefeitura de Itajaí, em informação enviada ao g1, a mulher teria retrucado afirmando: "o que que tem? É só abrir uma seringa, só abrir uma agulha e fingir que deu". Todos os profissionais, incluindo a vacinadora, se recusaram.
O pedido para vacinar a boneca teria sido feito à mulher pela criança de quatro anos. Após a recusa e o tumulto, ela foi embora da UBS.
O Portal iG entrou em contato com a prefeitura de Itajaí para confirmar o caso e solicitar um posicionamento, mas até o momento não obteve resposta.
Bebê reborn
Os bonecos ultra-realistas de recém-nascidos estão no centro das discussões sobre os limites do que é brincadeira e do que é real.
O uso de bebês reborn tem gerado debate nas redes sociais desde maio de 2025. Vídeos que mostram adultos cuidando das bonecas como se fossem crianças reais passaram a circular em plataformas como TikTok, Instagram e X. Os registros incluem simulações de rotinas de cuidado, passeios e até simulações de parto.
Projetos de leis e decretos estão sendo criados na Câmara dos Deputados e nas casas legislativas municipais por todo o Brasil para assegurar a lei sobre o tratamento aos bonecos.