Jorge Avalo foi morto por onça de 94kg
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Jorge Avalo foi morto por onça de 94kg


A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul (PCMS) investiga se fragmentos de ossos expelidos  pela onça-pintada que matou o caseiro Jorge Avalo são da vítima. O material foi recolhido nas fezes do animal e encaminhados para a Polícia Científica estadual, que fará a análise do DNA junto dos restos mortais de Jorge e do sangue encontrado no local do ataque.

Nas investigações iniciais, quando se apurava o desaparecimento do caseiro , os agentes encontraram apenas um “material biológico coagulado”, compatível com sangue, na região de mata . As informações foram confirmadas pela PCMS ao Portal iG .

Poucos dias depois, as equipes de resgate encontraram restos mortais e parte do corpo de Jorge , que foram recolhidos e encaminhados ao Núcleo Regional de Medicina Legal de Aquidauana para exames necroscópico e de DNA. Os exames confirmaram a identidade da vítima.

Captura da onça

Animal capturado não deve retornar à natureza
Reprodução/PMA
Animal capturado não deve retornar à natureza


O animal que acredita-se ser o responsável pelo ataque foi capturado em 24 de abril . A onça-pintada defecou enquanto era levada para o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), em Campo Grande (MS). 

Nas fezes do felino, agentes encontraram fragmentos de ossos e cabelo aparentemente humano.  Em nota enviada ao Portal iG , a PCMS informou que o delegado Luis Fernando Domingos Mesquita, responsável pelas investigações, fez o pedido da análise de DNA à perícia cientifica.

Segundo a corporação, até o momento não é possível afirmar, ainda, se de fato são fragmentos humanos.

O material foi recolhido, os restos mortais retirados e levados ao Instituto de Perícia para análise. Os peritos vão comparar essa amostra com os restos encontrados na mata e com o sangue coagulado que também foi coletado. Os resultados devem confirmar que o animal atacou o caseiro.

A onça-pintada, um macho de 94 kg, não deve voltar à natureza e deve ser incorporado ao Programa de Manejo Populacional da Onça-Pintada, coordenado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O animal apresenta alto grau de desidratação e tem rins e fígado comprometidos.

Relembre o caso

Jorge Ávalo, de 60 anos, morreu no dia 21 de abril após ser atacado por uma onça-pintada em um pesqueiro na região de Touro Morto, no Pantanal sul-matogrossense. No mesmo dia, foram encontradas pegadas do felino junto a pedaços do corpo do homem.

No dia 22, outras partes do cadáver foram encontradas em uma toca do felino, em uma área de mata fechada, a cerca de 300 metros de onde a vítima foi atacada. O animal atacou a equipe de buscas, que teve ferimentos leves.


O felino rondava o pesqueiro onde aconteceu o ataque, no qual teria aprendido a rotina do caseiro e se acostumado com o ambiente. O animal só foi capturado no dia 24.

As autoridades consideram várias hipóteses para o incidente: escassez de alimento, comportamento territorial ou defensivo do animal, período reprodutivo (que acentua a agressividade dos machos) ou alguma ação involuntária da vítima que possa ter provocado o ataque.

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