Yara Karolaine, de 10 anos, foi morta por motorista da Prefeitura de Água Boa
Reprodução/redes sociais
Yara Karolaine, de 10 anos, foi morta por motorista da Prefeitura de Água Boa

Uma menina de 10 anos, identificada como  Yara Karolaine, foi assassinada após ser embriagada no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais.  A Polícia Civil divulgou a conclusão do inquérito nesta segunda-feira (5), que resultou no indiciamento de um homem de 56 anos. Ele confessou o crime ao ser preso e disse que estava "tomado pelo capetão".

De acordo com a Polícia Civil, o investigado é motorista do setor público em Água Boa. Em coletiva de imprensa, os agentes detalharam como ocorreu o crime e o que foi dito pelo suspeito.

No dia 4 de março, durante o horário de serviço, ele levou a criança para sua casa sob a promessa de dinheiro e comida, com intenção de trocá-los por ato sexual. Segundo o suspeito, a vítima o rejeitou e o ato não foi concretizado. Com medo dela contar a situação para a mãe, ele a asfixiou e ocultou o corpo.

"Tentei convencê-la [a ter relação, mas ela também não aceitou]. Pensei: nossa, e agora? Ela vai falar [para a família] que eu queria ficar com ela. O ‘capetão’ subiu e eu peguei e apertei a guela dela", detalhou o suspeito à polícia.

O corpo de Yara foi encontrado por moradores no 8 de março, nas proximidades da cachoeira Pele de Gato, em São Pedro do Suaçuí. Ainda no local, a perícia constatou que se tratava da menina desaparecida.

Menina foi alcoolizada antes de ser morta

Laudos da perícia confirmaram a presença de álcool no organismo da vítima e indicaram politraumatismo na região cervical como causa da morte, mas não há informações se um abuso foi ou não concretizado. A PCMG também coletou provas na residência do suspeito e constatou danos no veículo oficial utilizado no crime.

Imagens de segurança analisadas durante a investigação registraram o momento em que a vítima desembarcou do carro cambaleando.

"Com base nas provas reunidas em um inquérito de 612 páginas, o suspeito foi indiciado por homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, meio que dificultou a defesa da vítima e por ela ser menor de 14 anos), ocultação de cadáver, crimes contra a dignidade sexual, peculato, dano ao erário municipal e fornecimento de bebida alcoólica à criança", explicou a delegada responsável, Junia Nara Rodrigues Rocha Sobral.

O indiciamento foi encaminhado à Justiça, para a qual a Polícia Civil solicitou a conversão da prisão do suspeito de temporária para preventiva. As autoridades, em outro inquérito, ainda vão apurar eventual omissão da mãe da vítima.

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