O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) , Paulo Pimenta , afirmou nesta terça-feira (10) que o governo não considera necessário, neste momento, um afastamento formal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) da Presidência da República após a realização de uma cirurgia de emergência em São Paulo .
Segundo Pimenta , o quadro de saúde do presidente é "totalmente estável". Ele está consciente e tranquilo, mas será necessário aguardar entre 24 e 48 horas para que a equipe médica possa detalhar a evolução da recuperação.
“Num primeiro momento, estamos trabalhando com a hipótese de que não haverá necessidade do afastamento formal do presidente”, declarou o ministro em entrevista à rádio Gaúcha na manhã desta terça-feira (10).
Lula foi submetido a uma craniotomia na noite de segunda-feira (9) para drenar um hematoma intracraniano causado por um acidente doméstico ocorrido em outubro, quando sofreu uma queda no banheiro do Palácio da Alvorada. O procedimento foi considerado bem-sucedido, e o presidente está internado em um leito de UTI para monitoramento.
Vice assume a agenda
Enquanto Lula permanece em recuperação, o vice-presidente Geraldo Alckmin retornou às pressas de São Paulo para Brasília nesta terça-feira, onde representa o presidente na visita oficial do primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico. As demais agendas de Lula, como reuniões com ministros e assessores, foram canceladas.
“O presidente está consciente, tranquilo, e não há urgência para contatos diretos com ele neste momento, pois a orientação é de repouso absoluto”, explicou Pimenta.
O ministro também informou que irá coordenar com os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) para que um deles acompanhe mais de perto o estado de saúde do presidente em São Paulo. Por enquanto, a primeira-dama, Janja, está ao lado de Lula, junto com a equipe médica e seguranças.
Apesar do procedimento e da internação, o governo mantém a posição de que não há necessidade de afastamento do cargo, seguindo o padrão adotado anteriormente em situações semelhantes. No ano passado, Lula também permaneceu no comando do Executivo durante uma cirurgia de quadril e outra nas pálpebras, sem transmitir formalmente a Presidência.