O promotor de Justiça Luiz Flávio Barbieri durante julgamento
Divulgação/Ministério Público do Rio Grande do Sul
O promotor de Justiça Luiz Flávio Barbieri durante julgamento


Ane Caroline Pereira foi condenada, na quinta-feira (31), a 33 anos e quatro meses de prisão por atear  fogo na própria casa com o filho de dois anos dentro, que morreu. O crime aconteceu em 2021, em Sapucaia do Sul , no bairro São José, na Região Metropolitana de Porto Alegre .

A mulher já estava presa e seguirá em regime fechado, sem poder recorrer da decisão em liberdade. A Defensoria Pública do Estado , responsável pela defesa dela, disse que "respeita a decisão dos jurados e irá se manifestar somente nos autos do processo".

Julgamento

O caso foi julgado no Fórum de Sapucaia do Sul , onde a ré foi condenada pelos crimes de homicídio qualificado com agravantes de motivo torpe, emprego de fogo e recurso que dificultou a defesa do filho. A pena foi aumentada, já que a vítima era menor de 14 anos de idade. O tribunal também a condenou por incêndio doloso em casa habitada.

Segundo a denúncia do Ministério Público, a intenção da mãe era se livrar da criança, que apresentava problemas de saúde. A denúncia também considerou que ela usou etanol para começar o fogo, destruindo o imóvel e matando o filho.

"A condenação não trará o menino de volta, mas a justiça é uma forma de dar voz àqueles que nunca tiveram", afirma o promotor de Justiça Luiz Flávio Barbieri.


Relembre o caso

No dia da ocorrência, a mãe da vítima disse que o incêndio teria começado em um ventilador. Ela contou ao comandante do Corpo de Bombeiros Militar do município à época que não conseguiu socorrer o filho a tempo.

"Ela disse que, quando viu o filho, [a casa] já estava em chamas e não conseguiu se aproximar. O ventilador estava próximo da cama onde estava o bebê", relatou o comandante. Três bombeiros atuaram no combate às chamas. A ocorrência durou pouco mais de duas horas e não atingiu imóveis vizinhos.

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