O Supremo Tribunal Federal avalia a possibilidade de julgar ainda este ano os suspeitos de serem os mandantes e mentores do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes . A informação foi divulgada pelo portal G1, com base em fontes ligadas ao caso.
A realização do julgamento, no entanto, dependerá da finalização de possíveis diligências. As audiências de instrução do processo foram concluídas na última terça-feira (29), após o STF ter iniciado a escuta dos cinco réus no dia 27 de outubro.
O caso está no STF em razão do foro privilegiado de Francisco de Assis Pereira Brazão, conhecido como Chiquinho Brazão, um dos acusados de ser mandante do crime. Além de Chiquinho Brazão, outros réus também enfrentam acusações.
Domingos Brazão, irmão de Chiquinho, é apontado como outro mandante, enquanto o delegado Rivaldo Barbosa teria agido como mentor do assassinato.
O major Ronald Paulo Alves Pereira é acusado de monitorar a rotina de Marielle Franco, e o ex-policial militar Robson Calixto é suspeito de colaborar no desaparecimento da arma utilizada no crime.
A partir da conclusão das audiências, a defesa dos réus tem cinco dias para solicitar eventuais diligências ao relator do processo. Com o término dessa etapa, o STF ouvirá as alegações finais dos advogados de defesa e da acusação.
As investigações da Procuradoria-Geral da República e da Polícia Federal indicam que os réus teriam ordenado o assassinato devido a questões envolvendo o mandato de Chiquinho Brazão.
Domingos Brazão, Chiquinho Brazão e Rivaldo Barbosa estão presos desde 24 de março de 2024.