Um dos presos em flagrante na 7ª fase da Operação '404' do Ministério da Justiça e Segurança Pública , realizada na quinta-feira (19), é um ex-servidor público estadual contratado, morador de Juiz de Fora , na Zona da Mata mineira. De acordo com as investigações, ele teria renda mensal de mais de R$ 200 mil por mês com venda de assinaturas de streamings ilegais.
A operação que mobilizou nove estados e cinco países, prendeu oito pessoas e bloqueou mais de 600 sites e apps de streaming piratas . Cinco pessoas foram detidas no Brasil e três na Argentina .
O suspeito, de 31 anos, foi encontrado em uma casa no Bairro Santa Rita. Ele disponibilizava links piratas para acessos a canais fechados de televisão. Segundo a Polícia Civil, ele contava com mais de 2 mil assinaturas ativas em aplicativos de streaming ilegais e mais de 4 mil clientes no Brasil.
No local foram encontrados vários painéis de comercialização desses streamings, além de celulares e notebooks com preços que variam de R$ 10 a R$ 30 mil.
Renda incompatível com salário
De acordo com a delegada chefe Divisão Especializada de Investigação aos Crimes Cibernéticos e Defesa do Consumidor em Belo Horizonte, Cristiana Angelina, "também foram apreendidos dois veículos, sendo que um deles no valor de R$ 300 mil, pago por PIX. Ou seja, a renda dele é totalmente incompatível com o salário de servidor".
A polícia informou que o homem ganhava cerca de R$ 200 mil por mês vendendo assinaturas por links, cada uma no valor de R$ 35 a R$ 40 mensais. Além do crime de violação de direito autoral, o ex-servidor será investigado por lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio; ele usava o nome de familiares para adquirir bens.
Operação ‘404’
Com nome em referência ao erro de programação em sites desconectados, a operação cumpriu 30 mandados em nove estados do país. A ação em Juiz de Fora contou com a participação de 10 policiais civis, que cumpriram três mandados de busca e apreensão na cidade.
A operação faz parte de uma mobilização entre diferentes nações contra infrações a direitos autorais. Ela bloqueou sites e removeu conteúdos dos servidores, além de desindexá-los dos mecanismos de buscas.
Páginas e perfis também foram derrubados das redes sociais. A ação foi coordenada pelo Laboratório de Operações Cibernéticas da Secretaria Nacional de Segurança Pública, vinculada ao Ministério da Justiça.
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