Trabalhos foram concluídos na noite desta quarta-feira (14)
Secretaria de Segurança de São Paulo
Trabalhos foram concluídos na noite desta quarta-feira (14)

A equipe de peritos do Instituto Médico Legal (IML) em São Paulo finalizou a identificação das 62 vítimas fatais do acidente aéreo ocorrido na última sexta-feira (9) com a Voepass em Vinhedo, interior do estado. As informações são do g1.

Os trabalhos foram concluídos na noite desta quarta-feira (14) com a identificação dos dois últimos corpos, conforme informaram as autoridades. Os familiares de todas as vítimas já foram notificados.

A informação foi anunciada nesta quinta-feira (15) durante uma coletiva de imprensa na sede da Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC) na Zona Oeste de São Paulo.

A identificação das vítimas foi realizada principalmente por meio de impressões digitais, além de outros métodos, como comparações de radiografias, exames odontológicos e análise de tatuagens. Não foi necessário recorrer ao exame de DNA.

"Toda identificação foi possível por análises de papilas datiloscópicas comparando com documentos pessoais fornecidos pelas famílias e de arcadas dentárias", afirmou Claudinei Salomão, chefe da SPTC, nesta quinta-feira (15).

Oito estados brasileiros contribuíram para a identificação dos mortos ao enviar planilhas civis das vítimas para a força-tarefa em São Paulo.

Das 62 vítimas, 40 foram identificadas por meio de impressões digitais, sete por digitais e outras características físicas, e 15 mediante características físicas.

Até o momento, 42 corpos já foram liberados para as famílias. Os restos mortais de um cão que estava a bordo foram entregues aos familiares dos donos do animal.

Mais de 40 profissionais, incluindo médicos, especialistas em odontologia legal, antropologia e radiologia, estiveram envolvidos no processo de identificação dos corpos, com apoio do Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRGD) da Polícia Civil de São Paulo.

Peritos da Polícia Federal (PF) também contribuíram para a identificação, além da perícia no local do acidente. A remoção dos corpos foi feita por peritos do Instituto de Criminalística (IC) e do IML, com o suporte do Corpo de Bombeiros.

Os destroços da aeronave estão sendo transportados para a sede da empresa em Ribeirão Preto, interior do estado. A Voepass informou que o material será armazenado até que todas as famílias sejam indenizadas.


Mais sobre a investigação

A Aeronáutica está investigando as causas da queda do avião, que atingiu duas casas no Condomínio Recanto Florido, no bairro Capela. Não houve registro de vítimas entre os moradores ou no solo.

A Polícia Federal e a Polícia Civil estão conduzindo investigações paralelas sobre as causas e responsabilidades do acidente, acompanhadas pelo Ministério Público (MP). A companhia aérea afirmou em nota que o avião estava apto a voar e sem restrições.

Especialistas consultados pela reportagem, que analisaram vídeos do momento do acidente, sugerem que as asas da aeronave podem ter acumulado gelo durante o voo, o que poderia ter causado a instabilidade e a consequente queda.

De acordo com Humberto Alves Barbosa, professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e coordenador do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), no dia do acidente, as temperaturas nas nuvens sobrevoadas pela aeronave estavam em torno de -42ºC.

"Isso traz muita instabilidade do ponto de vista meteorológico pra qualquer aeronave dentro dessa situação", afirmou o professor à TV Globo.

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