Peritos do Cenipa no condomínio residencial onde caiu o avião da Voepass, em Vinhedo (SP)
Divulgação: FAB
Peritos do Cenipa no condomínio residencial onde caiu o avião da Voepass, em Vinhedo (SP)


A Polícia Federal começou, oficialmente, as investigações da queda do avião turboélice da Voepass Linhas Aéreas em São Paulo . O objetivo é encontrar possíveis responsabilidades criminais do acidente que matou 61 pessoas em Vinhedo , SP.

Inicialmente, será lançado um laudo preliminar que deve ficar pronto nesta sexta, 16. Este documento trará uma análise inicial da polícia a partir de objetos pessoais encontrados nos escombros, como malas e eletrônicos.

Nas oitivas, a PF conversará com donos da Voepass, assim como equipe de manutenção da aeronave e operadores da Torre de Comando. Os civis testemunhas do acidente também devem depor.

Questionado pel’O Globo, o delegado Edson Geraldo de Souza, da PF de Campinas (município próximo a Vinhedo), sobre o que pensam do acidente e se houve ato criminal, disse: “Não descartamos nenhuma hipótese até agora. O inquérito foi aberto com base no artigo 261 da Constituição que fala sobre o crime de atentado à segurança aérea.”

E as caixas pretas?

As caixas pretas do avião que caiu em Vinhedo foram encontradas logo após o acidente. A PF deve ter acesso a todos os áudios antes das oitivas.

O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), vinculado à Força Aérea Brasileira, foi responsável por extrair o material das caixas pretas. Marcelo Moreno, brigadeiro do ar e chefe do centro, disse que os dados foram todos extraídos “com sucesso”.

A FAB faz uma investigação paralela e focada na prevenção de acidentes. Porém, deixou claro que compartilhará as informações, especialmente aquelas de interesse criminal, com a PF.


Investigações do acidente

Além da investigação das caixas pretas e recolhimento de testemunhos, as organizações Cenipa e PF analisam objetos deixados no local do acidente.

A Cenipa quer entender os motivos da falha e se o avião funcionava bem na hora da queda. Esperam divulgar um relatório preliminar em 30 dias.

A PF, por sua vez, também trabalha com os corpos das vítimas. São responsáveis, junto ao IML de São Paulo, em recolher e analisar material genético para reconhecimento e análise do acontecido.

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