
A Polícia Civil segue à procura do proprietário da quantia milionária (R$ 1.109.350,00) encontrada em um carro abandonado no bairro Renascença, em São Luís, no Maranhão. Segundo o delegado Augusto Barros, da Superintendência de Investigação Criminal, que está à frente da investigação, a suspeita é que a quantia esteja relacionada a alguma atividade criminosa.
"A gente está investigando se esse dinheiro está vinculado a algum tipo de lavagem. O que temos até agora é um fato atípico: um achado de dinheiro em grande quantidade e sem dono. Isso leva a crer que existe algum crime pregresso, que faz com que o proprietário não venha aqui reclamá-lo", diz o delegado.
O suposto dono do veículo já foi identificado: ele é Carlos Augusto Diniz da Costa, exonerado do cargo comissionado da Prefeitura de São Luís nesta quarta-feira (31) após a repercussão do caso. Entretanto, a Polícia Civil apurou que o carro não está registrado no nome de Carlos Augusto, como ele havia dito.
Quando o veículo foi encontrado na terça (30), Carlos foi até o local e disse aos agentes que era o dono do veículo e o havia emprestado para um amigo há duas semanas, mas não deu mais detalhes sobre o tal amigo.
Carlos foi intimado para depor na Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC) sobre o caso. Ele compareceu, acompanhado por um advogado, mas ficou em silêncio.
Segundo a investigação, o homem era funcionário da Secretaria Municipal de Informação e Tecnologia (Semit), de São Luís, e recebia um salário de R$ 3.400. Devido à repercussão do caso, o então funcionário foi exonerado do cargo pelo prefeito Eduardo Braide (PSD).
Futuro da investigação
Agora, os investigadores procuram saber agora quem dirigia o carro - para isso, analisam as imagens de câmeras de segurança da região. A Polícia Civil também busca por informações que ajudem a rastrear a origem do dinheiro, como quanto havia, de fato, no porta-malas do veículo e quem receberia a quantia.
Por enquanto, a corporação afirma que ainda não pode indicar qual crime foi cometido.
“O que nós temos são conjecturas, baseadas em circunstâncias muito suspeitas. Um dinheiro dessa natureza, que houvesse sido deixado ali, por alguém que, talvez, tivesse feito negócio e tentando evitar o pagamento de tributos, alguma coisa do tipo, e visse esse dinheiro sendo deslocado para algum local pela polícia, certamente teria se apresentado até o momento. Então, nós aguardamos que, aquele que se titular dos direitos relativos a esse numerário, que se apresente para que a gente possa entender”, diz o delegado Augusto Barros, superintendente da Seic.
No momento, o dinheiro encontrado no porta-malas do carro está sob custódia policial, uma vez que não há informações sobre a sua origem. O delegado Augusto Barros informou que o valor será depositado nesta quinta (1º), em uma conta judicial, e, antes de ser depositado, ele vai passar por uma nova contagem.
Devido a questões de segurança, a polícia não vai informar o horário e a instituição financeira na qual o valor vai ser depositado. A quantia ficará na conta judicial até que seu destino seja definido.
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