Uma trama tem se desenrolado em Uberlândia, onde a médica Cláudia Soares Alves, de 42 anos, se tornou o epicentro de um drama que mistura erros institucionais e desespero humano. O caso ganhou novos contornos ao revelar os bastidores de um sequestro que começou com a simples, porém engenhosa, estratégia de uma mulher que se apresentou com um nome falso e um disfarce de profissional.
A entrada de Cláudia no hospital, disfarçada com um jaleco e se apresentando como uma substituta de última hora para uma funcionária ausente, parecia um ato rotineiro. Contudo, a vigilante que estava de plantão naquele turno percebeu algo fora do lugar.
A médica, identificada como "Amanda", alegou que iria cobrir uma falta, mas a suspeita da vigilante levou a uma série de verificações que desmascararam a farsa.
As investigações subsequentes mostraram que, ao invés de um simples plantão, a médica estava armando um plano mais sinistro.
Uma mochila e um mistério
De acordo com depoimentos e registros de câmeras de segurança, a médica teria colocado a recém-nascida dentro de uma mochila amarela. Imagens mostram a mulher chegando ao hospital e, mais tarde, saindo com a mochila carregada com a bebê sequestrada.
O detalhe perturbador é que, durante sua permanência no hospital, a suspeita interagiu com funcionários e até com o pai da criança, tudo enquanto a menina estava escondida em sua mochila.
O processo de captura da médica foi uma corrida contra o tempo. Após o sequestro ser descoberto, a polícia seguiu para a casa de Cláudia em Itumbiara. A abordagem revelou uma empregada doméstica cuidando da recém-nascida, sob a alegação de que a médica havia tido a criança antes da hora.
No entanto, o relato da empregada mostrou inconsistências que levantaram suspeitas adicionais.
A investigação diz que a suspeita fez um falso exame de gravidez e, quando voltou para casa, estava com um enxoval completo para o bebê. O comportamento levantou suspeitas sobre a capacidade mental de Cláudia.
A defesa, representada pelo advogado Vladimir Rezende, argumenta que a médica sofre de transtorno bipolar e estava em uma crise psicótica durante o crime. No entanto, a polícia expressou ceticismo em relação a esse argumento.
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