Gaia, golden de cinco anos, morreu durante transporte e corpo foi enviado em isopor e saco plástico
Reprodução Instagram
Gaia, golden de cinco anos, morreu durante transporte e corpo foi enviado em isopor e saco plástico

A cadela Gaia , uma Golden Retriever de cinco anos, morreu no dia 28 de junho durante o transporte de uma empresa especializada em trabalho com animais. O animal foi entregue de volta dentro de uma caixa de isopor. Tutores acusam a empresa de negligência.

Depois de saber do caso do cão Joca, que morreu sendo transportado por avião em um choque cardiogênico, o casal tutor de gia preferiu um transporte terrestre. A cadela embarcou numa van em Maranhão com 18 outros animais; o veículo passaria por 11 estados até São Paulo.

Morte de cadela em van

O casal embarcou Gaia em 26 de junho. Na manhã do dia 28, como comentou nas redes sociais, percebeu que o rastreador mostrava o veículo no Pará. A empresa relatou falha mecânica no carro.

Algumas horas depois, os tutores receberam uma ligação da empresa avisando da morte de Gaia. "Não deram nenhum detalhe sobre sua morte, muito menos atestado de óbito ou prontuário de atendimento em clínica veterinária".

Contato com a empresa

O estado em que o corpo do animal foi entregue revoltou os tutores. Conforme a família explicou, “relutaram para enviar o corpo dela, sugerindo incinerá-lo ou até mesmo descartar pela estrada.” Eles precisaram entrar em contato com a advocacia para uma resposta positiva.

Os tutores precisaram insistir para receber o corpo, que chegou em um aplicativo de carona, dentro de um isopor e com diversos sacos de gelo derretido: “Pura água!” mostra a família enquanto filma. Não receberam o corpo e mandaram para uma clínica veterinária, onde é mantido sob refrigeração.

A família não sabe, de fato, se é Gaia dentro da caixa, e comenta que a cadela “merecia muito mais cuidado e respeito. Vamos lutar por justiça e alertar todos sobre a importância de escolher empresas de confiança para transportar nossos filhos de quatro patas".

A família alega que recebeu, na viagem, apenas uma foto de Gaia, na qual aparecia “muito mal e estar sedada.” Ainda, comentou que tentou contato para entender o caso pelas redes sociais, mas os comentários foram apagados. A rede da empresa, hoje, impede comentários.

A Polícia Civil do Maranhão, pela Delegacia do Meio Ambiente, investiga o caso. Os tutores e a empresa deporão.


O que diz a empresa?

A empresa respondeu à reclamação da tutora publicamente pelo Reclame Aqui na quinta, 4. Leia abaixo, na íntegra:

“A MooviPet se solidariza com o sofrimento da tutora da Gaya e de sua família. Entendemos a sua dor e lamentamos profundamente pela perda do seu animal de estimação.

Gaya estava em viagem saindo de São Luís - MA com destino a São Paulo - SP juntamente com outros 18 animais embarcados quando apresentou alterações em seu quadro clínico.

Exatamente 04 horas antes, de acordo com o check-list de parada realizado pelos motoristas às Adriano e Miquéias, Gaya estava bem, comeu e bebeu água normalmente.

Assim que apresentou os sintomas, recebeu os primeiros socorros dos motoristas, que possuem curso de auxiliar veterinário. Gaya foi conduzida à clínica veterinária mais próxima, seguindo as orientações passadas pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária, conforme consulta realizada pela MooviPet em 25/05/2023. Infelizmente, fomos surpreendidos pelo falecimento do cadela Gaya.

Desde o primeiro momento, a Companhia está oferecendo todo o suporte e esclarecimentos necessários ao tutor e sua família. A apuração dos detalhes do ocorrido está sendo conduzida com total prioridade pelo nosso time.

A MooviPet acrescenta ainda que atende todas as normas de segurança relacionadas ao bem-estar dos animais. Ao longo de mais de 9 anos de atuação no mercado de transporte rodoviário, contamos com motoristas com curso de auxiliar veterinário, suporte médico veterinário nas viagens e veículos adaptados para reduzir o estresse dos animais.

Estamos à disposição das autoridades e órgãos reguladores para discutir a regulamentação da atividade de transporte aéreo e terrestre de animais, visando prover toda a segurança necessária para cães e gatos que precisam viajar. Desde o ocorrido, intensificamos os critérios de validação para o embarque já adotados pela empresa.

Estamos aguardando o laudo do exame de necropsia, para entender de forma clara os fatores que implicaram nesta fatalidade.

Ressaltamos que além da qualificação dos transportadores que prestam serviços aéreos e rodoviários a segurança das viagens depende de uma regulamentação mais específica, da conscientização de tutores e profissionais da área médica sobre as condições de saúde e comportamento dos animais, e da obrigatoriedade do condicionamento adequado dos animais.

Em virtude da ausência de um serviço especializado (veículo frigorífico) na cidade de Marabá - PA para condução do corpo da Gaya para a realização de exame de necropsia, buscamos mantê-lo acondicionado da melhor forma para que fosse possível realizar os exames e chegar às conclusões sobre o que pode ter causado a morte repentina da Gaya.

Por isso, o corpo foi acondicionado com gelo, seguindo as recomendações médicas, até a condução de retorno à cidade de São Luís - MA, conforme solicitação da família."

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