A plataforma do jogo contratava influencers para vender falsas promessas de lucros
Reprodução/fortune-tiger/ND
A plataforma do jogo contratava influencers para vender falsas promessas de lucros

Lives com horas de duração sobre o  jogo do tigrinho (Fortune Tiger) têm surgido diariamente em canais populares de YouTube sem qualquer relação com o assunto, como culinária, música e até jogos infantis.

As lives, no entanto, não são transmissões ao vivo, mas sim repetições por horas de um mesmo conteúdo gravado.

Sempre há um padrão no conteúdo, em que um apresentador afirma ter descoberto uma falha no jogo que possibilita lucros em supostas atualizações do jogo do tigrinho. Em um exemplo específico, o apresentador diz que conseguiu o equivalente a oito salários em apenas trinta minutos.

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Mensagens revelam os depósitos que influenciadores recebiam para divulgar jogo do tigrinho Reprodução
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Mensagens detalham links diferentes para divulgação e acesso dos usuários Reprodução
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Segundo o g1, houve oito transmissões ao vivo desse tipo, publicadas em sete canais distintos, com seguidores variando entre 1 milhão e 7,2 milhões. Após a reportagem contatar os responsáveis pelos canais, sete transmissões se tornaram indisponíveis, e uma foi removida pelo YouTube por violar suas políticas.

As normas do YouTube proíbem vídeos que façam promessas exageradas, como dizer que os espectadores podem enriquecer de forma fácil e rápida.

Os canais em que essas lives apareceram foram os da @familiasantana, @leomedeiros, @SrPedroCanal, @McArcoIris, @DandoTrela, @pedrobennington e @GahMarinax.

Ainda, em um dos vídeos, ao longo de 25 minutos, a mensagem "muito boa essa plataforma" apareceu 80 vezes, publicada por 22 contas diferentes. Em outra live, o mesmo comentário apareceu 49 vezes, postado por 19 perfis diferentes em um intervalo de 13 minutos.

Segundo a legislação brasileira, as plataformas de aposta (lei das bets) precisam ter autorização do Ministério da Fazenda para atuar no país. As empresas deverão se regularizar até dia 31 dezembro de 2024, passando por um processo de certificação para se adequar à lei.

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